Pedágio free flow começa nesta sexta na Rio-Santos; veja preços e como vai funcionar

Modelo de livre passagem de veículos promete reduzir custos e melhorar trânsito

Giovanna Sutto

Free flow na CCR RioSP (Reprodução/CCR RioSP)

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Após um período de testes, nesta sexta-feira (31), começa a funcionar o pedágio free flow na rodovia BR-101, conhecida como Rio-Santos, que liga a cidade do Rio de Janeiro à Ubatuba, litoral norte de São Paulo. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou recentemente, por meio da Deliberação Nº 81, o início da operação do novo sistema.

O sistema vai funcionar em três trechos da rodovia: Mangaratiba (km 477); Itaguaí (km 414); e Paraty (km 538). A Rio-Santos é administrada pela concessionária CCR RioSP.

O free flow é um sistema de pagamento de livre passagem similar ao que já existe hoje no formato automático nas praças de pedágios, por adesivos eletrônicos ou “tags”. A cobrança será feita por meio das tags de empresas como Sem Parar, ConectCar e Veloe, só para citar algumas.

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Segundo a CCR, os preços para automóveis serão os seguintes:

Free flow

A ideia do free flow é que o motorista utilize as rodovias sem precisar passar pelas barreiras físicas de pedágio, o que pode melhorar a fluidez do tráfego de veículos. O ponto principal do projeto é o pagamento proporcional. Com o sistema instalado, o motorista pagaria somente pelo trecho que percorreu na rodovia — hoje isso não é considerado.

Se um pedágio hoje custa R$ 10, dois motoristas pagam o mesmo valor não importando se um deles percorreu apenas 10 km da rodovia e o outro 90km — a ideia do Free flow é distribuir o valor cobrado conforme a distância percorrida.

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Neste formato, não tem as praças de pedágios com cobradores e barreiras físicas, mas sim a instalação de pórticos (arcos perpendiculares ao chão), que vão identificar os carros que passarem por eles e efetuar uma cobrança de tarifa proporcional ao período percorrido até ali.

Os sensores do sistema identificam altura, largura, comprimento, quantidade de eixos rodantes e suspensos do veículo que passam pela área do free flow.

E se o motorista não tiver uma tag?

O carro do motorista é identificado via tag ao passar pelo pórtico. A partir disso, a cobrança é feita automaticamente conforme a tag utilizada da mesma forma que já acontece nas pistas de cobrança automática das praças tradicionais. Segundo a CCR, o motorista com tag pode ter descontos no preço do pedágio entre 5% e 70% do valor.

Porém, o uso da tag não é obrigatório. Se o motorista não tiver, o carro será identificado pela placa, através das câmeras instaladas nos pórticos. Depois, o pagamento deverá ser feito em até 15 dias pelo site ou app da CCR RioSP ou WhatsApp pelo telefone (11) 2795-2238

E se o motorista não pagar?

O motorista que não tiver tag e não pagar dentro do prazo será penalizado com uma infração grave e 5 pontos na carteira de habilitação, além de multa no valor de R$ 195,23.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.