Para fugir do rodízio e economizar, paulistanos optam por motos

Preços e facilidade de financiamento são outros fatores que impulsionam as vendas de motos, segundo a Abraciclo

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SÃO PAULO – A combinação entre o preço e a facilidade de financiamento de motocicletas resultou no aumento das vendas no Brasil em 2006, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Em São Paulo, maior cidade do país, a opção de fugir do rodízio de carros também contribuiu.

Nos primeiros sete meses do ano, o comércio de motos foi 23% maior que o registrado no mesmo período de 2005, somando mais de 708 mil unidades. Em julho, o desempenho de vendas em relação ao mês anterior foi negativo, com queda de 22,2%. Porém, quando comparado a julho do ano anterior, observa-se uma alta de 45,8%.

Moto é mais ágil, barata e econômica

Segundo a Abraciclo, o perfil do usuário tem mudado nos últimos anos e, apesar de as vendas entre motoboys ter crescido, esse não é o principal mercado consumidor impulsionando os índices.

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Por ter mais agilidade que um carro, ser mais barata de adquirir e mais econômica para abastecer, a moto está ganhando o gosto da população. Alguns, tendo carro, optam por comprar uma para fazer trajetos “individuais”, como casa-trabalho ou casa-faculdade, e economizar no tempo e no combustível.

Rodízio e financiamento

Além disso, a associação diz que os consumidores têm sido atraídos pelas facilidades de financiamento (a média entre os contratos é de 36 meses), fator que torna a moto mais acessível para pessoas com baixa renda.

No caso de São Paulo, o rodízio munipal obrigatório, que proíbe os carros de circularem em determinados trechos durante os horários de pico de um dia da semana, também é um incentivo. Para não ter de usar o transporte público ou depender de caronas, há quem decida pela moto como alternativa.