Onda de ginástica online deve perdurar após pandemia

Transição para os exercícios online contribuiu para uma mudança permanente na forma como o setor de US$ 32 bilhões funciona

Bloomberg

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(Bloomberg) — Depois de um ano em que as pessoas passaram meses trancadas em casa e se exercitando pouco, as resoluções de Ano novo ganharam um pouco mais de peso em 2021.

O setor de fitness é um exemplo. Apesar de a pandemia de coronavírus ter reduzido a capacidade das academias e fechado algumas completamente, o aumento tradicional de matrículas em janeiro nos Estados Unidos igualou – e de certa forma superou – as de anos anteriores. Parte disso pode estar relacionado ao previsível boom das aulas online e à tendência de cuidar da saúde física e mental.

“Não se trata de metas para vestir um biquíni, porque quem sabe quando vamos sair de férias novamente”, disse Josh McCarter, diretor-presidente da plataforma de reservas de fitness MindBody. “A Covid-19 levou as pessoas a pensarem sobre saúde de forma mais holística.”

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A MindBody disse que deve igualar o aumento típico de 30% que costuma ver no Ano Novo, em grande parte graças aos treinos virtuais. Cerca de 50% das reservas virtuais da plataforma agora são para ioga, à medida que mais clientes procuram aulas com foco em mindfulness. “Além do bem-estar físico, a boa forma emocional, mental e espiritual se tornou uma prioridade maior.”

A transição para os exercícios online contribuiu para o que especialistas afirmam ser uma mudança permanente na forma como o setor de US$ 32 bilhões funciona. Enquanto 75% dos consumidores pesquisados disseram que retornarão no futuro às rotinas pré-pandêmicas e à academia real, muitos indicaram que manterão um componente virtual, um fenômeno com amplas implicações para o setor.

A Covid-19 acelerou a adoção de um modelo híbrido de exercícios online/presenciais que mais academias físicas provavelmente manterão quando a pandemia acabar. Proprietários de academias de ginástica que enfrentam queda do número de associados correram para se adaptar à tendência: 72% agora oferecem exercícios em grupo sob demanda e transmissão ao vivo em relação a 25% em 2019, de acordo com a firma de pesquisa de fitness ClubIntel.

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No pico de fechamentos de academias em março passado, McCarter disse que as reservas de aulas em todos os lugares caíram até 85%. Nos Estados Unidos, o retorno às aulas presenciais em estúdios tem sido irregular, em parte devido às várias restrições estaduais e locais. Em Nova York e Califórnia, por exemplo, as reservas equivaliam a cerca de 50% dos números de 2019, enquanto em estados como Arizona e Geórgia caíram apenas 15%.

Estilos de vida que se tornaram repentinamente sedentários – sem deslocamento ao trabalho, sem viagens e muito trabalho em casa e aprendizado remoto – alteraram os regimes de condicionamento físico. Um estudo realizado em novembro pela ClubIntel com 2 mil membros de academias dos EUA revelou que 54% dos entrevistados haviam suspendido ou cancelado seus planos.