Não impediremos o crescimento do crédito ao consumidor, diz Tombini

Presidente do BC diz que essa modalidade de crédito deve crescer entre 10% e 11% em 2011

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Em sua primeira entrevista como presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que as medidas adotadas pelo BC em dezembro do ano passado não têm o objetivo de impedir o crescimento do crédito ao consumidor. 

“Nossa intenção não é impedir. O crédito ao consumidor deve crescer entre 10% e 11% neste ano, frente ao crescimento de 15% no ano passado. As medidas são apenas para termos um crescimento mais sustentável”, explicou.

E completou: “nós do BC estaremos de olho para garantir que seja um crédito saudável. Nossa intenção é que os brasileiros aproveitem o bom momento da economia, mas de forma segura, para não termos problemas futuros”. 

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Superendividamento
Tombini disse ainda que a instituição também tem o objetivo de conter o superendividamento. 

“Para isso, trabalharemos com prazos maiores de pagamento para linhas mais garantidas e prazos menores para linhas sem garantia”, explicou, sem detalhar. 

O presidente lembrou também que a mudança na regulamentação dos cartões de crédito, determinada no ano passado, mas que entra em vigor este ano, com a ampliação do valor mínimo da fatura que deve ser pago todos os meses, também tem a finalidade de controlar o endividamento excessivo.

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“Achamos que, para atingir esse objetivo, essas medidas são suficientes por enquanto”. 

Crédito imobiliário
O executivo contou ainda que o crédito imobiliário também estará sendo monitorado pelo Banco Central. 

“Claro que, para essa modalidade, a situação é diferente. É normal que, em um País com o deficit habitacional que tem o Brasil, o crédito para aquisição de imóveis cresça intensamente e passe a preencher as carteiras de crédito das instituições financeiras. Temos uma demanda concreta por habitação no País e, por isso, esse crédito vai crescer. Além disso, a base dessa modalidade é pequena no Brasil, se comparada à de outros países”. 

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Porém, alerta: “nós tivemos uma crise internacional há dois anos que começou exatamente nesse segmento. Por isso, nós ficaremos de olho. Não vamos conter o crescimento desse crédito, mas ficaremos atentos à forma como esse crescimento se dá”, finalizou.