Namoro não é despesa: saiba quando é hora de dividir as contas

Educador explica que se as rendas dos dois são equivalentes, nada mais justo que cada um pague sua parte

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SÃO PAULO – O namoro. Sem preocupações com filhos e com as contas da casa, esse é um dos melhores períodos para os casais apaixonados. Porém, embora seja só namoro, as baladas, os restaurantes, os passeios, o cinema e as viagens custam dinheiro. Como, então, lidar com as finanças sem comprometer a felicidade do casal?

De fato, o mundo já não é mais o mesmo e os relacionamentos já mudaram bastante. Isso quer dizer que a figura do homem não é mais daquele que paga tudo, sempre. A mulher conquistou seu espaço, entrou no mercado de trabalho e, agora, também tem suas responsabilidades na hora das contas.

Para o educador financeiro Álvaro Modernell, tudo bem nos primeiros encontros o homem pagar o cinema, a pipoca e algumas outras coisas. Afinal existe toda uma questão psicológica por trás desse comportamento. Mas depois que os encontros começam a ficar mais frequentes e a relação dá sinais de que está ficando mais séria, também é hora de deixar para trás esse costume.

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Felicidade financeira do casal
O casal tem que pensar no futuro e nas questões que fatalmente resultarão em brigas. E nada melhor do que o dinheiro para motivar uma boa discussão. De acordo com Modernell, o mais saudável em um namoro é que as contas sejam divididas. Isso, inclusive, pode determinar a felicidade financeira do casal.

Mas você sabe como isso funciona na prática? Considerando que as rendas dos dois sejam equivalentes, o ideal é que os dois participem da mesma forma nas questões financeiras. Porém, nada que precise ser feito na ponta do lápis. Ou seja, as contas podem ser divididas informalmente. Se um dia ele pagou o restaurante, o próximo passeio fica por conta dela.

Não faz bem para o casal se só um dos dois paga toda a conta, mesmo porque a pessoa ficará sobrecarregada e o namoro pode ser visto como uma despesa e até repensado. Claro que há casos específicos como, por exemplo, ele querer ir no show de sua banda favorita e querer a companhia dela. Aqui ele pode pagar para os dois.

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No caso das viagens, além de pensar nos roteiros, nos passeios e nos locais que vocês desejam visitar, é bom já ir pensando como dividir as contas. A ideia é que nenhum dos dois fique sobrecarregado. “Todo o planejamento deve ser feito em conjunto, já considerando quem vai pagar o quê”, diz Modernell.

Se preparando para o casamento
O educador ressalta que esse tipo de atitude é como um aquecimento para o casamento. É bom já ir treinando durante o namoro para que caso decidam se casar, as questões financeiras não atrapalhem a felicidade do casal. “É importante que o casal converse sobre dinheiro, e não deixe esse assunto se tornar um problema”, diz Modernell.

Conversando sobre o assunto o casal evita que um se sinta explorado ou o outro com vergonha de tocar no assunto. Lembrando que o dinheiro é um dos elementos que mais geram desgastes nos relacionamentos.

No caso daqueles casais em que um ganha mais do que o outro, ou seja, as rendas não são equilibradas, não há nada de errado que o mais abonado faça os maiores desembolsos. Nas viagens, por exemplo, ele pode pagar as passagens aéreas e o hotel. O importante é que o casal converse sobre o assunto e que ambos se sintam confortáveis com a situação.