Na internet, cambistas vendem ingressos para U2 em SP pelo triplo do preço

Os ingressos para o show se esgotaram em menos de 2h após o início das vendas oficiais

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – No início de junho foi anunciado que a banda irlandesa U2 virá ao Brasil com a turnê “The Joshua Tree”, nome homônimo do emblemático álbum da banda, no dia 19 de outubro. A alta procura pelos ingressos, que chegaram a esgotar duas horas após o início das vendas, fez com que a banda confirmasse outras duas datas de apresentação, no dia 21 e 22 de outubro, respectivamente.

Não é surpresa que os ingressos para as novas datas também tenham se esgotado em até menos tempo que o anterior: em 1h26, os ingressos da segunda venda já tinham acabado, mesmo com preços de até R$ 1.350.

Agora, quem deseja ir ao show precisa desembolsar um valor ainda maior por um ingresso, já que só estão à venda os comprados por cambistas. Os preços chegam a ser três vezes maiores do que os originais: o site Viagogo, que reúne anúncios de ingressos de cambistas, tem ingressos para a pista por R$ 1.300; as vendas oficiais cobravam R$ 500 pelo mesmo setor.

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Os preços extorsivos não são o único problema de quem compra de cambistas: existe também o risco de os ingressos serem falsos. Além de impedir a entrada no show, não existe nenhuma garantia para o comprador por se tratar de uma venda ilegal.

Problemas anteriores

Logo após os ingressos se esgotarem, o Ministério da Justiça abriu processo para investigar a responsável pelas vendas dos mesmos, a Tickets for Fun, pela oferta de ingressos sem a efetiva disponibilização dos mesmos.

As reclamações partiram dos próprios consumidores: depois de aguardar por horas na fila online para compra, quando a mesma foi liberada os ingressos já estavam esgotados, até mesmo para pessoas com deficiência.

No site ReclameAqui, mais de 1.300 reclamações foram publicadas na página da empresa, todas a respeito do show do U2 e relatando problemas como o esgotamento de ingressos, cobrança de valores maiores, propaganda enganosa e até falta de acesso aos canais de atendimento da Tickets for Fun.

Procurada pelo InfoMoney, a Time for Fun, controladora da empresa, não se pronunciou até o horário de publicação.