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A Meta (M1TA34), dona do Instagram e do Facebook, lançou nesta quarta-feira (5) a Threads, uma rede social desenvolvida para rivalizar diretamente com o Twitter (TWTR34), se tornando uma potencial ameaça à plataforma de Elon Musk.
Na Threads, a dinâmica é praticamente igual à do Twitter: as pessoas podem postar texto e links, responder ou repassar mensagens de outras pessoas. O app permite que os usuários usem as credenciais do Instagram para criar a conta mais rapidamente e transferir os seguidores existentes para a nova rede.
“Deveria existir um aplicativo de conversas públicas com mais de 1 bilhão de pessoas”, disse o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em um post em sua conta no Threads. “O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas não acertou em cheio”.
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O novo aplicativo da Meta conquistou mais de 10 milhões de inscrições nas primeiras horas, segundo Zuckerberg. Naturalmente, o patamar está muito longe dos mais de 300 milhões do Twitter.
Veja aqui um vídeo do InfoMoney que resume a nova rede:
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Estreia e provocações
Segundo dados da Bloomberg, apesar o pico de cadastros na plataforma, a Threads se manteve estável, com apenas relatos esporádicos de falhas temporárias.
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Em relação a demanda, Connor Hayes, vice-presidente de produto da Meta, afirma que muitos influencers do Instagram pediram à empresa para fazer um aplicativo baseado em texto.
“Os criadores estavam nos dizendo: ‘queremos uma alternativa para o que está por aí e não queremos começar de novo e ter que construir seguidores do zero’”, disse Hayes em entrevista, sem mencionar o Twitter especificamente, conforme informações da Bloomberg.
Não é a primeira vez que o Instagram e o Facebook lançam recursos similares aos dos concorrentes. O Reels da empresa foi anunciado depois do sucesso do TikTok, e a opção de storis temporários surgiram depois da ascensão do Snapchat.
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Na quarta-feira (5), Zuckerberg twittou pela primeira vez em 11 anos — dando uma cutucada em forma de piada ao rival bilionário, que por sua vez chamou o Instagram de falso.
Veja:
— Mark Zuckerberg (@finkd) July 6, 2023
Musk respondeu à provocação afirmando que “é infinitamente melhor ser atacado por estranhos no Twitter, do que se entregar à falsa felicidade de esconder a dor no Instagram”.
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It is infinitely preferable to be attacked by strangers on Twitter, than indulge in the false happiness of hide-the-pain Instagram
— Elon Musk (@elonmusk) July 6, 2023
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Timing certo?
A Meta pode estar se aproveitando de um momento conturbado do Twitter.
Desde que Musk adquiriu a rede social por US$ 44 bilhões em outubro, a empresa cortou milhares de funcionários, afrouxou suas políticas de moderação de conteúdo. Também há desafios financeiros: a receita de publicidade da empresa com sede em São Francisco caiu 50%, disse Musk em março, e recentemente contratou Linda Yaccarino, executiva da NBCUniversal, como diretora executiva para tentar melhorar o relacionamento com as marcas.
Desde o lançamento do Threads na quarta (5), o Twitter ainda está limitando quantos tweets por dia os usuários podem visualizar — uma medida que Musk chamou de “temporária”.
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Essas restrições fazem parte do movimento mais recente que pode levar os usuários do Twitter a buscar alternativas. E a Threads já começa com os sistemas maduros graças à infraestrutura existente do Instagram.
A nova rede social foi lançada sem anúncios – por enquanto. O foco inicial é deixar o maior número possível de pessoas entusiasmadas com o produto, explicou Connor Hayes, da Meta, segundo informações da Bloomberg.
“As pessoas estão procurando uma experiência em que tenham mais controle e em que a segurança seja incorporada ao produto desde o início”, finalizou o executivo.
*Com informações da Bloomberg.
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