MaxMilhas, do grupo do 123Milhas, entra com o pedido de recuperação judicial

Empresa garante que não vai suspender produtos e nem cancelar passagens ou reservas de hospedagens

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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A MaxMilhas, empresa que integra o grupo 123Milhas e faz a compra e a venda de milhas, protocolou nesta sexta-feira (22) um pedido de recuperação judicial.

Em nota, a empresa informou que a medida pretende “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes e organizar, com máxima transparência, os débitos em um só juízo”.

A Maxmilhas ainda disse entender que conseguirá acelerar a quitação de todos os valores devidos e “restabelecer o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional”.

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Segundo a agência de viagens, o pedido feito ao TJMG se deve especialmente aos efeitos no setor ocasionados pela situação da 123Milhas que, em agosto, anunciou a suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais.

“Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, diz a nota.

Não haverá suspensão de produtos e o cancelamento de passagens ou reserva de hospedagens não está ocorrendo, segundo a agência. A empresa ainda informou que não há nenhuma pendência trabalhista entre os débitos contemplados no pedido de recuperação judicial.

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RJ suspensa

O pedido da MaxMilhas acontece depois de o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspender a recuperação judicial da 123Milhas, que entrou com o pedido em 29 de agosto. A suspensão foi anunciada na última quarta-feira (20).

O Banco do Brasil (BBAS3), o maior credor da comercializadora de produtos de viagens e turismo, com cerca de R$ 97 milhões a receber, requereu a suspensão do processo de recuperação judicial da companhia.

No agravo, o banco alegou que a empresa não apresentou a totalidade dos documentos exigidos para viabilizar o processamento da RJ. Além disso, a lista de credores não foi apresentada juntamente com a petição inicial. O BB pediu ainda a destituição de administradores judiciais da 123Milhas, por suposta incapacitação técnica para a realização do trabalho.

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O pedido de RJ da 123 Milhas, que engloba também Art Viagens e Novumhavia sido deferido pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em 31 de agosto.

*Com Estadão Conteúdo.