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SÃO PAULO – A tecnologia no universo infantil ultrapassou os exercícios mais comuns de aprendizado desenvolvidos pelas crianças, como amarrar os cadarços, por exemplo.
Pesquisa realizada pela fabricante de softwares de segurança AVG Technologies apontou que 69% das crianças usam primeiro um computador, antes de praticarem outras atividades consideradas normais para o período.
A prova de que a tecnologia vem ganhando pleno espaço no mundo dos pequenos está presente em outra constatação: mais crianças sabem jogar um jogo de computador (58%) do que nadar (20%) ou andar de bicicleta (43%).
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Cerca de 19% das crianças não apresentaram nenhum problema ao usar aplicativos de smartphones, no entanto, desse percentual, apenas 9% conseguiram amarrar os próprios sapatos. Desperta a atenção ainda o fato de 28% dos garotos e 29% das garotas saberem realizar uma chamada pelo celular, mas apenas 20% saberem discar o telefone da polícia, em caso de emergência.
“É louvável que tantos pais ensinem tão cedo a seus filhos habilidades valiosas, como mexer no computador, afinal, eles crescerão com estes conhecimentos. Mas, à medida que mais crianças tenham a capacidade de se conectar a Internet, eles estarão, também, abrindo sua privacidade e, consequentemente, a segurança de suas famílias. O mundo pode ser mais perigoso do que era há duas décadas e, com a internet, esses perigos estão agora à nossa porta”, afirmou o CEO da AVG, J.R. Smith.
Comportamento
O estudo também destacou que mães de 35 anos ou mais são melhores no ensino de atividades comuns a seus filhos.
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A síntese é baseada nos resultados que apontaram que 40% das crianças com mães de 35 anos escrevem seu próprio nome, em comparação com 35% das crianças com mães de 34 anos ou mais jovens que ainda não escrevem.
A pesquisa ouviu 2,2 mil mães com acesso à internet em países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e Austrália.
Dicas
O diretor de marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, enumera algumas dicas que podem auxiliar os pais na proteção de seus filhos a todo e qualquer tipo de conteúdo na internet.
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- Manter o computador em algum cômodo da casa em que as atividades da internet possam ser acompanhadas de perto;
- Manter as crianças fora do Facebook, MySpace, Twitter, YouTube e outras redes sociais e sites para adultos;
- Manter as crianças próximas, conversar com elas. Saber o que está acontecendo em suas vidas e procurar por sinais de novas influências ou angústias. Estabelecer desde cedo um vínculo de confiança;
- Manter um software de controle parental no computador e atualizá-lo com frequência;
- Entender que as crianças sabem mais do que qualquer um pensa e nunca acreditar que ela sabe pouco e que não colocará sua vida em risco;
- Manter uma pasta de sites aprovados pelos pais e que as crianças podem visitar por conta própria. Estes podem incluir sites confiáveis de jogos on-line;
- Manter um limite sobre quanto tempo a criança passa no computador. Mesmo com a máxima segurança no local, nenhuma criança deve passar mais de uma hora on-line;
- Manter a si mesmo informado;
- Ficar de olho nas crianças, especialmente quando estão acompanhadas de amigos. Muitos adultos permitem às crianças acesso irrestrito à internet, o que pode levá-las a situações nada agradáveis;
- Mantenha o seu uso da internet mais restrito. Afinal, os adultos também são responsáveis por, sem querer, colocar a família em risco, por meio de uma grande exposição.