Justiça denuncia 23 pessoas ligadas à Telexfree por lavagem de mais de R$ 242 milhões

Também foram denunciados familiares dos sócios da empresa e divulgadores

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – O MPF/ES (Ministério Público Federal no Espírito Santo) aceitou mais oito denúncias na Justiça contra os sócios da Telexfree, Carlos Nataniel Wanzeler e Carlos Roberto Costa, pelo crime de lavagem de dinheiro e evasão de dividas. Somados, os valores envolvidos na atividade criminosa ultrapassam os R$ 213 milhões.

 As ações referem-se a bens adquiridos, dissimulados e ocultados com recursos provenientes da atividade da Telexfree, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Também foram denunciados familiares dos sócios da empresa e divulgadores.

 Somente nos casos das empresas Agrofruta e Brasil Factoring foram mais de R$ 100 milhões em lavagem de dinheiro. Já a empresa IRN Participações e Empreendimentos, de Inocêncio Reis, captou em suas contas bancárias a quantia de R$ 65,5 milhões, tudo decorrente da atividade da Telexfree. Já a família de Carlos Wanzeler, por exemplo, é acusada de evasão de divisas de mais de R$ 29 milhões, referentes apenas ao ano de 2013.

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 Além dos donos da Telexfree, o MPF também denunciou por participação no esquema de lavagem de dinheiro da Brasil Factoring: nome de Letícia Costa e Jozélia Miriam Sangali, respectivamente filha e esposa de Carlos Costa; Elizabeth Cerqueira Costa Alves, Inocêncio Pereira Reis Neto (Pelé Reis), Teodoro Giovan de Oliveira, Rhalff Junio de Almeida Coutinho, Bruno Rangel Cardoso, Vagner Macson Manhães da Roza, Flávio de Arraz Crispim, Fábio de Arraz Crispim, Gilberto José do Carmo Batista e Renato de Carvalho Alves.

 “Todos tinham pleno conhecimento do uso dos seus respectivos nomes, contas bancárias ou serviços no esquema ilegal e clandestino, ao passo que obtiveram benefícios e estavam efetivamente envolvidos e associados ao esquema”, afirma o MPF.

 Em uma denúncia referente a 2013, Carlos Wanzeler, sua esposa Katia Helia e sua filha, Lyvia Mara Wanzeler foram denunciados por manter mais de US$ 8,8 milhões de dólares sem declarar a quantia às autoridades brasileiras, incorrendo no crime de evasão de divisas.