Intenção de comprar a prazo cai na primeira quinzena de setembro

Dado é comparativo ao mesmo período do ano passado; a intenção de comprar à vista, por sua vez, registrou alta

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A intenção de comprar a prazo caiu 3,9% nos 15 primeiros meses de setembro, na comparação com igual período do ano passado. O índice é medido pelas consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e diz respeito à média diária.

Já a intenção de comprar à vista, medida pelas consultas ao SCPC Cheque, registrou alta de 4,8% no período, ainda na análise da média diária. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e medem o movimento das vendas no varejo.

De acordo com o presidente da associação, Alencar Burti, “setembro representa o último mês em que as comparações anuais das consultas de crediário estão distorcidas, já que em setembro do ano passado o índice de vendas era muito alto, antes da crise”. A partir de outubro, ele disse acreditar que as comparações serão mais realistas.

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Na comparação com a primeira quinzena de agosto, o dado mostra alta de 6,3% na média diária de consultas ao SCPC, o que mostra a recuperação do crédito. No caso do SCPC Cheque, por sua vez, foi registrada queda de 10,4%, devido à comemoração do Dia dos Pais no oitavo mês do ano, quando são comprados presentes de menor valor.

Inadimplência

Os registros recebidos no cadastro de inadimplência da associação caíram 9,1% na primeira quinzena de setembro, frente ao mesmo período do ano passado. Já os registros cancelados caíram 9,2% no mesmo período. De acordo com o economista da ACSP, Emílio Alfieri, isso revela uma tendência de estabilidade da inadimplência.

“Os registros recebidos estão caindo, porque está tendo menos consulta, tem menos carnê. Isso já era de se esperar, porque muita gente fica mais cautelosa e compra menos na crise”, explicou.

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Na comparação com mesmo período de agosto, os registros recebidos cresceram 15%, enquanto os cancelados registraram aumento de apenas 5,4%. Ele afirmou que isso pode ter sido causado pela complicação no orçamento das famílias, depois de um período de demissões, em meio à crise.