Intenção de comprar a prazo cai 13,4% na primeira quinzena de agosto

Segundo a ACSP, as intenções de compra à vista, por sua vez, subiram 5,7% nos primeiros 15 dias de agosto, frente a 2008

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – As consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que sinalizam as intenções de compra a prazo, caíram 13,4% nos 15 primeiros dias de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

Vale destacar que no ano passado havia uma grande euforia na área de crediário, que perdurou até o final de setembro, quando a quebra do banco Lehman Brothers deflagrou um choque de crédito.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (17), mostraram que as consultas ao SCPC Cheque, que apontam as intenções de compras à vista, por sua vez, registraram alta de 5,7% nos 15 primeiros dias do mês corrente em relação ao mesmo período de 2008, impulsionadas pelas liquidações, inclusive de móveis e eletrodomésticos, que foram maiores este ano do que no ano passado.

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Análise mensal

Na comparação com o mês passado, foi registrado avanço nas intenções de compra a prazo, que aumentaram 1%, enquanto as realizadas à vista apresentaram aumento superior, de 2,3%.

No caso das compras à vista, o Dia dos Pais e as fortes liquidações do varejo em geral podem ser apontados como motivos para o desempenho positivo.

Em resumo, o estudo aponta que a recuperação das vendas no varejo continua com a volta gradativa do crédito, juros menores e prazos em processo de alongamento, enquanto na área de bens de pequenos valores, como vestuário, calçados e bens de supermercados, não se nota mais qualquer impacto da crise.

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Inadimplência

Os registros recebidos no cadastro de inadimplência nos 15 primeiros dias de agosto caíram 3,5%, frente ao mesmo período do ano passado, e 10,5%, na comparação com os 15 primeiros dias de julho.

Já os registros cancelados subiram 3% nas duas primeiras semanas de agosto, frente ao mesmo período do ano passado, mas caíram 2,4% frente ao mesmo período de julho. O resultado se dá pela melhora das condições do crédito, com juros mais baixos e prazos mais longos.