Índice Big Mac ajustado mostra o real como moeda “mais cara do mundo”

Comer o lanche famoso do McDonald’s é mais caro aqui do que em qualquer outro país, de acordo com o levantamento da The Economist

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O real pode ser a moeda mais cara do mundo atualmente, de acordo com a versão ajustada do Índice Big Mac, da The Economist. Nela, a moeda aparece valorizada em 67,6% em relação ao dólar, 37,3% acima da rúpia paquistanesa, que vem em segundo lugar.

Em janeiro, a The Economist lançou a versão mais atualizada de seu comparador de moedas, que usa os preços praticados para a venda do lanche mais famoso do McDonald’s para medir a valorização cambial em cada parte do mundo. Nela, o real aparece hipervalorizado: o Brasil tem o quinto Big Mac mais caro do mundo.

Na versão “bruta” do índice, porém, não se leva em conta a capacidade financeira dos cidadãos de cada país – como a própria Economist expõe, é de se esperar que um hambúrguer seja mais barato em países onde a renda média da população é muito menor. Em outras palavras, caso todos os países do mundo tivessem a mesma renda média, o real seria a moeda mais cara do mundo neste momento.

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Além de Brasil e Paquistão, compõem o “top 10” de moedas sobrevalorizadas em relação ao dólar os seguintes países: Tailândia (14,2%), Colômbia (12,3%), Chile (11,9%), Peru (10,2%), Suécia (9,4%), Argentina (6,3%), Israel (4,6%) e Suíça (3,8%).

Já as moedas mais desvalorizadas encontram-se no Egito (48,5%), Hong Kong (44,9%) e Malásia (42,1%). Nesta ponta, o resultado é bastante semelhante ao índice “cru”, que também mostra o Egito como detentor do Big Mac mais barato do mundo, por US$ 1,46.  

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney