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O já conhecido golpe do bilhete de loteria premiado segue em alta, vitimando, sobretudo, idosos em imediações de instituições financeiras, segundo autoridades.
Nessa modalidade, que parte de uma espécie de teatro, um grupo de criminosos aborda uma potencial vítima na rua. Na encenação, um dos golpistas aborda o outro, fingindo não conhecê-lo, conta a ele que foi sorteado, mas que não pode aceitar o prêmio por ser religioso. O comparsa então faz uma ligação a uma falsa central de Caixa Econômica Federal e supostamente recebe a confirmação de que se trata da aposta vencedora. Tudo isso é feito perto da potencial vítima, que acaba caindo na encenação. A partir daí os criminosos negociam um valor para trocar o bilhete premiado.
Na edição de ontem (28) o programa Fantástico, da TV Globo, veiculou imagens de câmeras de segurança que filmaram a atuação de criminosos que arrancaram R$ 70 mil de uma vítima, um idoso de 88 anos, com a aplicação do golpe.
No início de dezembro, a Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante um suspeito de integrar uma organização criminosa responsável por aplicar golpes do “bilhete premiado” em diferentes regiões do Estado, em uma ação que faz parte da Operação Bilhete Premiado (“Fabula Impostoris”), da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (3ª DIG), do DEIC.
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O suspeito foi localizado em um hotel em Campinas e, segundo a investigação, se preparava para aplicar novos golpes utilizando documentos e identidade falsos.
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O inquérito que embasou a operação teve início após um golpe ocorrido em 7 de julho de 2025, em Mirandópolis, em São Paulo. Na ocasião, uma idosa foi abordada por dois irmãos que afirmavam ter um bilhete premiado da loteria. A dupla convenceu a vítima a ajudá-los a receber o suposto prêmio, alegando que, por motivos religiosos, um deles não poderia sacar o valor. Em seguida, os criminosos conduziram a idosa até uma agência bancária, a orientaram a mentir para o gerente da instituição para realizar uma transferência para um terceiro integrante do grupo criminoso. O valor enviado foi de R$ 70 mil.
Segundo informações do Deic, são 382 ocorrências relacionadas ao golpe do bilhete premiado no ano até dezembro, mas a expectativa é que exista subnotificação dos casos, uma vez que muitas vítimas, constrangidas, acabam não levando o caso às autoridades.
Vale ressaltar que a Caixa Econômica Federal só realiza a conferência de bilhetes premiados presencialmente, nas agências do banco. O pagamento de prêmios também é feito exclusivamente em agências Caixa, independentemente do valor, mediante a apresentação do bilhete premiado ou o comprovante da aposta, documento pessoal com foto e CPF. A Caixa não realiza nenhum tipo de conferência por telefone ou internet.