Guia completo para gorjetas na nova economia do Uber e Airbnb

Especialistas explicam como lidar com situações nas quais o protocolo de gorjeta pode ser incerto

Bloomberg

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(Bloomberg) — Poucas situações sociais confundem até os especialistas em etiqueta mais educados sobre quanto e quando dar gorjeta, especialmente nos Estados Unidos, onde o gesto nem sempre é opcional e empregados podem receber menos do que o salário mínimo caso sejam autorizados a aceitar gorjetas.

A história de recompensar um bom serviço com dinheiro extra é obscura, mas provavelmente teve origem na Europa, nos tempos medievais, quando um servo receberia uma gorjeta de seu amo pelo bom desempenho.

Essa prática ganhou popularidade na Inglaterra do século XVII entre as classes altas e depois se espalhou para os EUA após a Guerra Civil, quando americanos ricos começaram a viajar para a Europa com mais frequência.

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Para dar gorjeta após uma refeição em um restaurante nos EUA, o protocolo é claro: deixe de 15% a 20% do total da conta, incluindo impostos, para o garçom.

Mas, com a explosão da chamada “gig economy” – onde predominam profissionais autônomos ou que vivem de bicos e na qual cerca de 57 milhões de americanos estão empregados – e o aumento de aplicativos de serviços como Airbnb, Uber e TaskRabbit, as expectativas em torno da gorjeta agora são menos claras e, em alguns casos, ainda estão sendo desenvolvidas.

Segundo pesquisa da Consumer Reports com mais de 1.000 adultos nos EUA em dezembro de 2018, 27% dos entrevistados disseram que hoje existem mais situações em as pessoas esperam gorjeta do que há dois anos.

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Com isso em mente, conversamos com os principais especialistas em etiqueta sobre como lidar com situações complicadas nas quais o protocolo de gorjeta pode ser incerto.

Extra para Uber

Quando o Uber foi lançado pela primeira vez em 2012, o aplicativo não incluía a opção para dar gorjeta aos motoristas, o que, segundo a empresa, eliminaria a incerteza dos condutores em relação aos salários.

Mas, em julho de 2017, o Uber cedeu à pressão dos usuários e às reclamações de motoristas e instalou uma opção de gorjeta integrada semelhante à de aplicativos de concorrentes como Lyft e Via.

Diane Gottsman, fundadora da Protocol School of Texas, especializada em liderança executiva e etiqueta comercial, recomenda deixar de 15% a 20% para esse tipo de transporte, semelhante à gorjeta para um táxi tradicional nos EUA.

“Eles estão investindo em seus carros”, diz Gottsman. “A pessoa que presta esse serviço trabalha para ganhar a vida. O que pode ser conveniente para nós é o meio de vida deles.”

Ao usar um Uber ou Lyft, a especialista em etiqueta Jodi Smith, presidente da Mannersmith Etiquette Consulting, tende a deixar uma gorjeta maior do que em um táxi, cujos motoristas podem ser representados por um sindicato.

Airbnb vs. Hotel

Ao se hospedar em um hotel tradicional, os hóspedes devem deixar uma gorjeta todos os dias, diz Elaine Swann, fundadora da Swann School of Protocol, na Califórnia.

Ela sugere de US$ 5 a US$ 10 por dia. Mas, quando fica em um Airbnb, Vrbo ou outro alojamento residencial, ela normalmente evita gorjetas.

“A maioria das taxas está embutida no custo, então não é preciso deixar gorjeta”, diz Swann. “Por isso, fica a critério do proprietário repassá-la para o serviço de limpeza ou embolsá-la por conta própria. Eu diria que não é necessário.”

iPad intrusivo

Muitas cafeterias, “food trucks” e lanchonetes agora usam sistemas de ponto de venda em iPads que direcionam os clientes, levando-os a escolher opções depois de passarem os cartões: “sem gorjeta” ou entre 10% e 20%.

Smith explica que não é necessário deixar gorjeta se o funcionário estiver simplesmente entregando um item por trás do balcão.

Ela costuma deixar um dólar ou dois em um pote, caso seu pedido tenha sido extraordinariamente complicado ou se ela visita o estabelecimento com frequência.

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