Gasolina passa a ficar mais cara no Brasil do que no exterior; entenda

Combustível está R$ 0,01 o litro mais cara no Brasil do que no exterior, no caso das refinarias da Petrobras, e R$ 0,04 nas privadas

Estadão Conteúdo

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Desde quarta-feira (4), o preço da gasolina no Brasil passou a ser maior do que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Já o diesel está 6%, em média, mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros.

Segundo a Abicom, a Petrobras teria que fazer um aumento de R$ 0,38 no valor do litro do diesel para atingir a paridade com o preço internacional.

A estatal, porém, abandonou em maio a política de paridade com a importação (PPI) e, atualmente, trabalha com uma fórmula que permite ir até a um preço limite para a companhia e a alternativa do cliente.

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Levando em conta as refinarias privadas, a alta média do diesel seria de R$ 0,26 por litro, já que a unidade que mais impacta o mercado, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, segunda maior do país, pratica reajustes semanais para se aproximar da PPI.

A Acelen, controladora de Mataripe, registrava na quinta-feira passada (5) defasagem positiva para o diesel de 8% e de 6% para a gasolina, enquanto nas unidades da Petrobras, agente dominante do mercado, o diesel chega a estar 10% mais barato do que no Golfo.

Gasolina

Já a gasolina está R$ 0,01 o litro mais cara no Brasil do que no exterior, no caso das refinarias da Petrobras, e R$ 0,04 o litro nas refinarias privadas.

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A Petrobras não reajusta o preço desses combustíveis há 55 dias, depois de uma elevação de 16,2% para a gasolina e de 25,8% para o diesel no dia 16 de agosto.

O último reajuste da estatal foi do querosene de aviação, que obedece contratos mensais, da ordem de 5,3%. na terça-feira (3). Apesar da alta dos combustíveis e do petróleo no mercado internacional nas últimas semanas, em parte causada pela expectativa da suspensão das exportações russas dos produtos, a commodity voltou a ceder.

Em menos de 10 dias, o petróleo Brent saiu de US$ 96,55 no dia 27 de setembro para US$ 83,97 o barril para os contratos de dezembro no pregão da última sexta-feira (6).