Fenabrave diz que incentivo a carro popular é sucesso e pede continuidade do programa

Entidade que representa as concessionárias afirma que vai encaminhar nova proposta ao governo para aperfeiçoar medida

Estadão Conteúdo

Carros em pátio de montadora em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A direção da Fenabrave, associação que representa as concessionárias de automóveis, considerou “muito positivo” o impacto no mercado dos descontos patrocinados pelo governo.

Nesta terça-feira (4), durante a apresentação das vendas de veículos de junho, que cresceram 6,5% frente ao mesmo mês do ano passado, o presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior, ressaltou diversas vezes que, após um período de paradas de fábricas e estoques elevados, o programa fez o coração do setor voltar a bater. Ele ponderou, no entanto, que o “trabalho precisa ter sequência”.

A área técnica da entidade está preparando uma nova proposta para levar em breve ao governo. O objetivo, disse Andreta Júnior, é um programa que seja bom para todos — ou seja, que estimule o mercado, preserve a arrecadação do governo pelo aumento de volume e reduza as emissões com a renovação da frota. “Queremos venda ao consumidor final, que perdeu poder aquisitivo”, declarou o presidente da Fenabrave.

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Segundo o executivo, como existe uma defasagem entre a venda e a entrega do automóvel e os estoques na rede ainda têm muitos carros com os bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil autorizados pelo governo, as estatísticas de julho devem refletir ainda os efeitos do programa.

Assim, a tendência, frisou, é de um pico de vendas neste mês. Andreta Júnior sublinhou que a projeção da Fenabrave de manutenção, em 2023, das vendas do ano passado — leve alta de 0,1% — só não foi revista para uma queda em razão do “sucesso” da medida do governo.

Já em relação aos créditos autorizados para descontos na troca de caminhões com mais de 20 anos de uso, pouco usados até agora, a avaliação é a de que o programa não deslanchou por conta do contexto de desempenho fraco da economia, com exceção do agronegócio, juros altos, com condições de financiamento desfavoráveis, e aumento, na média de 20%, na nova linha de veículos de carga.

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