Falhas que afetam 900 milhões de usuários Android não terão correção do Google

A responsabilidade para criar uma solução fica para os pesquisadores que encontraram as brechas no sistema, já que o Google não lida com o problema

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – As onze recém-descobertas falhas nos smartphones e tablets Android não receberão correções oficias do Google. Descobertas pelo engenheiro Tod Beardsley, as falhas deixam os aparelhos abertos a invasões e afetam o WebView nas versões 4.3 ou anteriores do sistema operacional, usadas por 60,9% dos donos de aparelhos, mais de 900 milhões de pesosas.

Como o componente WebView é usado para renderizar páginas na web sem precisar recorrer a um navegador, se suas vulnerabilidades não são corrigidas, os usuários ficam sujeitos ao risco de acessar um endereço contaminado e sofrer um ataque através de um download, como diz a empresa de segurança BitDefender.

O Google afirmou que, normalmente, não desenvolvem atualizações para versões do Android anteriores à 4.4. A responsabilidade para criar uma solução fica para os pesquisadores que encontraram as brechas no sistema, já que o Google não lida com o problema – e inclusive deixou de prestar suporte ao WebView dos Androids mais antigos.

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Após a atualização da plataforma, o serviço passou a utilizar uma versão do WebView baseada no projeto Chromiume, ou seja: agora é atualizado diretamente pela Play Store. Mas para que o update seja aplicado, as operadoras e fabricantes dos aparelhos devem colaborar, da mesma maneira como acontece nas atualizações do sistema – que ficam meses em espera.

Segundo a última contagem feita pelo Google, 46% dos Androids em uso atualmente estão com a versão Jelly Bean (4.1 a 4.3), dos quais quase 15% segue com o Gingerbread (2.3) ou com o Ice Cream Sandwich (4.0). Aparelhos com essas versões do Android ainda são vendidos, por isso tome cuidado.