Expectativa de vida do brasileiro sobe para 75,8 anos; veja os estados onde as pessoas vivem mais

Brasil ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça, que em 2015 tinham expectativa de vida na faixa dos 83 anos

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A expectativa de vida do brasileiro ao nascer passou de 75,5 para 75,8 anos de 2015 para 2016, o que representa um acréscimo de três meses e 11 dias, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre os estados brasileiros, Santa Catarina é o que apresenta a maior expectativa de vida (79,1 anos), logo em seguida estão Espírito Santo (78,2 anos), Distrito Federal (78,1 anos) e São Paulo (78,1 anos).

Além desses, Rio Grande do Sul (77,8 anos), Minas Gerais (77,2 anos), Paraná rio (77,1 anos) e Rio de Janeiro (76,2 anos) são os únicos que possuem indicadores superiores à média nacional. No outro extremo, com as menores expectativas de vida, estão os estados do Maranhão (70,6 anos) e do Piauí (71,1 anos).

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Os resultados dessa pesquisa são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Expectativa de vida subiu mais de 30 anos

De acordo com o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque, a partir de 1940, com a incorporação dos avanços da medicina às políticas de saúde pública, o país experimentou a primeira fase de sua transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de mortalidade.

Um pouco mais a frente, fatores como campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, contratação de agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil contribuíram para o aumento da expectativa de vida do brasileiro ao longo dos anos.

De 1940 até 2016, o aumento foi de 30,3 anos. Apesar de o crescimento contínuo na expectativa de vida, o Brasil ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça, que em 2015 tinham o indicador na faixa dos 83 anos.

“No pós-guerra começou a haver um intercâmbio muito grande entre os países. Os avanços em termos de programas de saúde pública e programas de saneamento que os países desenvolvidos já tinham alcançado foram transferidos para os menos desenvolvidos. Nesse instante é que começa a diminuir a mortalidade no Brasil. Inicialmente os grandes beneficiados foram as crianças. No Brasil, em 1940, de cada mil crianças nascidas vivas, 156 não atingiam o primeiro ano de vida. E hoje em dia estamos com uma mortalidade infantil de 13 por mil. Depois essa diminuição das taxas de mortalidade foi expandida para a toda a população também”, comenta Albuquerque.