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A autoindulgência deve movimentar a Black Friday. O “Eu mereço!” foi a resposta dada por quase 80% dos entrevistados de uma pesquisa de consumo feita pela Bare International, especializada em levantamentos com clientes, em parceria com a SKS Customer Experience. O levantamento ouviu 679 pessoas em todas as regiões do país para entender melhor como o brasileiro deve se comportar diante das compras hoje.
Segundo a empresa, houve uma consolidação dos hábitos digitais após a pandemia, com 80% dos respondentes afirmando que buscam ofertas e descontos online. Entretanto, há desafios em relação à administração do orçamento e dos meios de pagamento.
A intensa digitalização vivida durante a pandemia não refluiu e dá sinais de consolidação com 84% dos respondentes pesquisando ofertas e descontos online e apenas 11% dos entrevistados indo até os pontos físicos. Nestes números identificam-se movimentos importantes, de acordo com Stella Kochen Susskind, diretora de Novos Negócios da Bare International Brasil, CEO da SKS Customer Experience.
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“O desejo do brasileiro de fazer boas compras ganhou novo folego após anos tão difíceis”, diz ela. Depois de tantas dificuldades vivenciadas na pandemia, o consumidor busca novas experiências digitais e, talvez por isso, quer comprar itens para si. A família ficou em segundo lugar, com 61% das intenções de compra.
A pesquisadora observa ainda que “a Black Friday ganhou aqui um ‘jeitinho brasileiro’, assim como está ocorrendo com o Halloween. Além de ser dissociada de outras comemorações (nos EUA ela é fortemente ligada ao Feriado de Ação de Graças), a Black Friday é mais longa e ampla. “Aqui até farmácias, serviços e alimentação entraram no jogo! Ou seja, temos que nos preparar para uma Black Friday à brasileira”.
Aproveitando a facilidade digital, 68% planejam realizar compras online e receber em casa e 17% comprar online e retirar na loja; 12% preferem “comprar pessoalmente, porque nada supera a emoção de ir à loja”. A pesquisa identificou um movimento interessante nas fontes de informação para buscar ofertas e descontos, com a aproximação das Redes Sociais (53%) do Google (67%) como referência nesta área, seguido de e-mails e newsletters, com 29%.
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A expectativa é que, nesta edição da Black Friday, haja um crescimento de 17% no faturamento do e-commerce, movimentando um recorde de R$ 7,1 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Produtos mais cobiçados
Quanto às categorias mais desejadas, eletrônicos e gadgets (28%), eletrodomésticos e móveis (24%) e roupas e moda (24%) são as mais desejadas. Como fator preponderante para a compra, os “descontos, quanto maiores melhor” (78%) se mantêm na frente, com apenas 11% mencionando “receber o mais rápido possível” ou “brindes e vantagens, me surpreenda”, com 7% das respostas.
Endividamento
Um ponto de atenção é a gestão do orçamento para aproveitar o período de promoções. Cerca de 43% dos respondentes da pesquisa afirmam que vão gastar, mas sem a necessidade de um orçamento rigoroso; 23% dizem que usarão cartão de crédito e financiamento; outros 24% seguirão um orçamento rigoroso para economizar nas compras; e 2% pretende gastar sem freios.
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Na amostra, o meio de pagamento preferencial é o cartão de crédito (80%) – alavancado pelo parcelamento sem juros e programas de milhagens e benefícios –, seguido do dinheiro (11%) e paypal ou outros serviços de pagamento online (8%).