Especialista explica o que fazer para morar na França

Há algumas formas de conseguir visto permanente para o país europeu

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O Itamaraty estima que atualmente haja mais de 70 mil brasileiros vivendo na França. De acordo com a pesquisa econômica de qualidade de vida da OCDE (Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico) mais recente, o país tem bom desempenho em boa parte das medidas de bem-estar.

Na comparação com o Brasil, o país europeu ganha nos quesitos Moradia; Renda; Empregos; Escolaridade; Meio Ambiente; Engajamento Cívico; Saúde; Segurança e Equilíbrio Vida-Trabalho. Perde apenas em Comunidade e Satisfação Pessoal.

De acordo com a advogada Tatiana Roncato, especialista em Direito Internacional da Roncato Advogados, existem algumas maneiras de conseguir morar legalmente no país, passados os três meses cobertos pelo visto de estadia curta, ao qual os brasileiros têm direito.

Não perca a oportunidade!

É possível obter o visto de longa duração, condição para o visto permanente, através de vistos de estudo, de trabalho e de investimento, além do pedido através do visto de outro país da União Europeia.

No primeiro caso, “o estudante poderá obter um visto de duração máxima de um ano, renovável de acordo com o tipo de curso em que esteja inscrito”, conta Tatiana. Caso o estudante passe mais de 5 anos em uma instituição de ensino francesa e declare seus recursos no país, ele tam

Segundo ela, a limitação anual também existe, a princípio, para o visto de trabalho, obtido através de um pedido da própria empresa que contratar o funcionário estrangeiro. Este também pode ser renovado.

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Já para obter o visto de investimento, “o estrangeiro deve possuir ao menos 30% do capital social de uma empresa em seu país de origem e criar no mínimo 50 empregos na França ou investir pelo menos 10 milhões de euros”, explica Tatiana.

A partir destes tipos de visto de longa duração, o brasileiro pode solicitar um título de residência, desde que comprove o cumprimento de “condições de afinidade com a sociedade francesa”, diz a advogada. “Isto é, através do trabalho que gere uma contribuição fiscal, de conhecimentos específicos dos símbolos e história francesa, de conhecimento da língua francesa, entre outros”, complementa.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney