Enel não vai cortar luz de consumidores com problemas na conta em São Paulo

Acordo firmado entre a concessionária e o Procon-SP vai manter o fornecimento de energia elétrica de clientes com débitos até o dia 31 de agosto

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Enel informou que não suspenderá o fornecimento de energia por inadimplência de clientes da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo até o fim de agosto.

Em nota, a distribuidora afirmou que a medida foi adotada para que os consumidores tenham mais tempo para negociar o parcelamento das suas contas. Os avisos de corte voltarão a ser enviados em setembro, impressos na conta de luz. Após a notificação, o cliente terá o prazo de 15 dias para negociar seus débitos.

A medida faz parte de um acordo firmado entre a Enel e o Procon-SP, com o objetivo resolver as quase 55 mil reclamações registradas por consumidores que tiveram problemas em suas contas de energia elétrica nos últimos meses.

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De março a maio, a concessionária suspendeu a leitura presencial dos medidores dos clientes por conta das medidas de distanciamento social, realizando as cobranças pela média mensal de consumo dos últimos 12 meses.

O novo cálculo gerou cobranças incorretas, pois, segundo o Procon, em muitos casos foi verificada uma diferença entre a média do último ano e o consumo real do período.

O compromisso firmado com a empresa abrange os consumidores que já ingressaram ou entrarem com pedidos no órgão de defesa do consumidor até o dia 31 de agosto.

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Para os clientes com reclamações já registradas, a Enel se comprometeu a parcelar automaticamente em até 12 vezes as cobranças que sofreram aumentos no período de quarentena. Antes, para conseguir o parcelamento a concessionária obrigava o consumidor a assinar um termo de uma confissão de dívida.

Os demais clientes podem realizar o parcelamento dos seus débitos através do app da concessionária, pelo site da empresa ou pela central de atendimento através do número 0800 72 72 120.

Por conta dos erros, o Procon-SP multou a Enel em R$ 10,2 milhões por má prestação de serviço e prática abusiva. Na última semana, o Ministério Público de São Paulo determinou que a distribuidora devolvesse os valores adicionais cobrados das contas de junho e julho dos clientes da capital paulista e da Grande São Paulo.