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SÃO PAULO – O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) lançou um edital nesta terça-feira (21) com o projeto de concessão da Zona Azul, estacionamento rotativo pago nas vias da capital paulista. Segundo a prefeitura, a concessão irá gerar pelo menos R$ 1 bilhão em benefícios para a administração municipal. O valor pode ser ainda maior, mas uma estimativa precisa só será possível após o recebimento dos subsídios entregues pelos participantes.
A proposta faz parte do lançamento do Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse (PPMI), realizado pelas secretarias municipais de Desestatização e Parcerias e Mobilidade e Transportes, à qual está vinculada a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), atual responsável pelo serviço.
Com a concessão, a iniciativa privada passará a ser responsável pela gestão, modernização e operação da Zona Azul. O concessionário será responsável pela comercialização dos créditos, otimização do acesso dos usuários às vagas e deverá oferecer instrumentos modernos de fiscalização.
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Para o secretário Municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, a principal vantagem com a parceria é a antecipação de receitas para o município. “Estamos falando de uma outorga inicial da ordem de bilhão. A cidade precisa de receita e podemos alocar nas áreas prioritárias”, afirma.
O serviço de estacionamento rotativo pago foi instaurado na cidade em 1975. Desde então, o número de vagas dedicadas ao estacionamento rotativo passou de 5 mil, em 1975, para 40.682, em 2018. No ano passado, a prefeitura de São Paulo gastou R$ 21 milhões com fiscalização de Zona Azul e teve receita de R$ 89 milhões. Em 2016, quando o serviço ainda não era digital, a arrecadação foi menor, de R$ 55 milhões. Com a concessão, a prefeitura quer adiantar recebíveis por cerca de 30 anos.
A concessão integrará o plano de desestatização de Doria que passará para a iniciativa privada também a administração de parques, mercados municipais, estádio do Pacaembu, Bilhete Único, Anhembi e autódromo de Interlagos.
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