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SÃO PAULO – A Disney estreia no mercado de streaming no dia 12 de novembro nos EUA. Sua plataforma própria, batizada de Disney+, chega para competir com Netflix e Amazon Prime Video.
Faltando um mês para o lançamento do serviço, a Disney pensou em formas de trazer uma base de usuários que utiliza outras plataformas para a sua, e ao mesmo tempo, fragilizar seus principais concorrentes: a Netflix e a Amazon.
Na semana passada, a Disney emitiu uma ordem para que todos seus canais por assinatura na TV americana não passassem qualquer propaganda da Netflix. O conglomerado de mídia controla os canais ESPN, ABC, Fox, FX e Disney Channel. A única exceção a essa ordem é o canal esportivo ESPN, que está autorizado a aceitar propostas publicitarias. As informações são do The Wall Street Journal.
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Com essa manobra, o grupo Walt Disney Television mostrou que aposta muitas fichas no mercado de streaming e deseja consolidar uma posição de liderança no entretenimento mundial. Visando esse crescimento acelerado, o grupo desembolsou US$ 5,8 bilhões pela marca de streaming Hulu após garantir, em poucos anos, controle sobre os nomes como Star Wars e Marvel, marcas consagradas da cultura pop atual e que detêm uma base de fãs enorme e muito fiel.
Enquanto o serviço da Disney ainda não chega na América Latina, a companhia fechou um acordo com a Amazon para disponibilizar suas produções no catalogo do Prime Video em todo o continente. Mesmo que esse acordo sinalize uma boa relação entre as empresas, no mercado americano a conversa não é tão amigável.
O aparelho de reprodução de mídia da Amazon, o Amazon Fire TV Stick, pode ser o único set top box do mercado a ficar sem acesso ao Disney+ nos EUA. O Fire Stick é uma forma de transformar sua TV comum em uma Smart TV.
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Isso porque, para que um serviço esteja disponível no Fire Stick, a Amazon geralmente exige uma porcentagem de até 40% do inventario de publicidade. Como apurou o The Wall Street Journal, a empresa de Jeff Bezos quer ter o direito de vender uma “porcentagem substancial” do espaço publicitário do aplicativo da Disney.
Na publicidade, o inventário é o número de anúncios ou a quantidade de espaço publicitário que um veículo de comunicação tem disponível para venda a um anunciante. No caso da Disney, fontes do jornal apontam que a tentativa de acordo mais recente envolvia uma fatia de 10% do espaço, o que fez com que o acordo não fosse concretizado.
O serviço de streaming no mercado brasileiro
Netflix e Amazon Prime Video já operam no Brasil e acreditam que o mercado nacional pode ser ainda mais explorado, ou seja, é possível conquistar mais assinantes e produzir cada vez mais conteúdo.
Enquanto a Netflix possui cerca de 60 milhões de assinantes apenas nos EUA, segundo o último relatório financeiro da companhia, o número de assinantes no resto do mundo é de 88,6 milhões. Já no Brasil, de acordo com um dado publicado em uma coluna do Uol, o serviço possui mais de 10 milhões de assinantes brasileiros.
La Casa de Papel, série espanhola da Netflix, se tornou um sucesso no Brasil e foi responsável por grande parte da audiência na plataforma. De acordo com o próprio serviço de streaming, o Brasil, junto com México e Colômbia, foi um dos países que mais “maratonaram” a terceira temporada da série.
Já a Amazon Prime Video chegou ao Brasil no mês passado com preço competitivo, bem abaixo do valor cobrado pela sua maior concorrente. O streaming da Amazon custa R$ 9,90 por mês ante os R$ 21,90 do plano mais barato da Netflix, que permite apenas uma tela.
Fora os serviços americanos, o Grupo Globo criou em 2015 sua própria plataforma de streaming: o Globoplay. O serviço brasileiro conta com um catálogo com mais de 40 novelas da Rede Globo, séries e mini séries originais da emissora, além programas antigos da TV brasileira, como Sai de Baixo e Escolinha do Professor Raimundo.
O serviço de streaming da Globo também conta com títulos internacionais de sucesso, como a série The Handmaid’s Tale, produção insipidada no livro “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood.
Ainda que o serviço da Disney+ conte com nomes expressivos, como Star Wars, e possua grandes sucessos recentes, como os títulos da Marvel, além de contar com todo o respaldo do sucesso das produções de animação da Disney e da Pixar, não é possível prever o potencial sucesso da marca no país.
Nos EUA, o serviço da Disney começará com um preço de US$ 6,99, mais barato do que o plano básico da Netflix – que custa US$ 8,99. O preço oficial do Disney+ no Brasil ainda não foi anunciado.
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