Dinheiro ainda é a principal forma de pagamento dos brasileiros

39% de tudo que o brasileiro gastou em 2015, foi pago em dinheiro

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Um estudo realizado pela consultoria em varejo financeiro, Boanerges & Cia mostra que 39% de tudo que o brasileiro gastou em 2015 foi pago em dinheiro. Essa porcentagem representa R$ 1,5 trilhão. Com esse resultado, o dinheiro é a forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores do país.

Batizado de “Evolução dos meios de pagamento no Brasil”, o relatório contrapõe o que muitos já chegaram a pensar: que o papel moeda seria substituído pelos cartões. A presidente da consultoria, Boanerges Freire, explica que os meios eletrônicos não vão tirar a utilidade do dinheiro. “A resposta é muito simples: não, não irão. Diversos aspectos culturais e econômicos presentes no Brasil indicam que o dinheiro continuará sendo muito relevante para a engrenagem do sistema financeiro nacional”’, afirma.

O que pode explicar isso é o acesso a serviços bancários, segundo o relatório. Mesmo com toda a tecnologia e incentivos governamentais para as transações eletrônicas, cerca de 22 milhões de adultos brasileiros não possuem conta em banco, diz o relatório. Assim, é natural, que a porcentagem de gastos em dinheiro no Brasil seja três vezes superior à dos Estados Unidos, por exemplo, que possui a cultura do cartão muito forte.

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O estudo mostra também a influência do dinheiro nas classes mais baixas que entraram no ‘looping do consumo’ há alguns anos. Entre esse público, o dinheiro é utilizado em 8 de cada 10 transações.

Em 2030, transações via cartão, mobile, transferências eletrônicas e débito automático vão representar 60% do consumo privado. Enquanto no mesmo período o dinheiro representará 20%, algo em torno de R$ 1,1 trilhão. E considerando o período ainda maior até 2050, o estudo infere que o dinheiro continuará tendo seu espaço.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.