Dengue dispara e respinga no preço do repelente – que sobe 16% em dois meses

Diferenças de preços chegam a até 84,19% para um mesmo produto em estabelecimentos diferentes

Equipe InfoMoney

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Na sexta-feira, dia 16 de fevereiro o Brasil, atingiu a marca de 555 mil casos de dengue, com 94 mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde. O avanço da doença por todo o Brasil fez a venda de repelentes disparar, elevando em 15,78% os preços em média nos últimos dois meses – com diferenças que chegam a até 84,19% para um mesmo produto em estabelecimentos diferentes. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-SP) da FIPE teve variação de 0,84%.

Os dados são de levantamento de preços do Procon-SP, que compara os preços obtidos em 15 de fevereiro com os registrados entre os dias 11 e 13 de dezembro de 2023.

O estudo foi realizado em cinco sites de drogarias e farmácias, considerando somente itens comercializados em, no mínimo, três sites visitados.

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A grande diferença de preços entre estabelecimentos aponta para a necessidade de o consumidor pesquisar bastante antes de comprar seus produtos, ainda mais em um período de elevada demanda e considerando que não há tabelamento de preços no país, alerta o órgão de defesa do consumidor.

Segundo o instituto de pesquisas Kantar, houve um aumento de 27% no volume vendido. Em 2023, a presença de repelentes nos lares brasileiros cresceu 15 pontos percentuais. Já os inseticidas subiram 2,5 pontos percentuais em relação a 2022. A maior concentração de compras é na classe A e B, chegando a 27% da população, respondendo por 34% das unidades compradas.

O número de inseticidas adquiridos em 2023 bateu recorde dos últimos cinco anos, com mais de 131 milhões de unidades vendidas. O número é 11% a mais do que em 2018 e a maior concentração do consumo é nas regiões Norte e Nordeste, que representam 34% do total comprado.

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Considerada a arbovirose mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Conforme o Ministério da Saúde, o aumento de casos é resultado do calor excessivo e de chuvas intensas, provocado principalmente pelo fenômeno El Niño.

Sintomas

Os principais sintomas de dengue são febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares. Uma das principais formas de prevenção da doença é o combate ao mosquito transmissor. Isso pode ser feito eliminando água parada ou objetos que acumulem água, como pratos de plantas ou pneus usados.

Como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe medicamentos antivirais, os sintomas são tratados basicamente com analgésicos, antitérmicos e, eventualmente, medicação para vômito. Também é indicado pelos médicos um reforço na hidratação do paciente. Mas na piora do paciente o melhor é procurar um centro de saúde.

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