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Esta sexta-feira (29) será um dos dias mais importantes do varejo e promete gerar um faturamento de R$ 9,3 bilhões nos e-commerces, segundo dados da Neotrust.Confi. Embora seja um evento exportado dos Estados Unidos, a Black Friday caiu no gosto dos brasileiros, que aproveitam a ocasião para comprar os mais variados produtos. O item mais buscado na edição deste ano, inclusive, são os aparelhos celulares.
Ao InfoMoney, o Buscapé levantou quais foram os produtos mais pesquisados em sua plataforma, que permite a comparação de preços em diferentes sites varejistas. A busca por celulares e smartphones cresceu 46% frente ao mês passado, com valores que variam entre R$ 747 até R$ 7.961. A mediana do preço do item ficou em R$ 2.560. Em seguida, ficou o ar-condicionado, cujos preços variam entre R$ 1.290 e R$ 4.928, com mediana de R$ 2.517.
O ranking vai além, mostrando que os eletrodomésticos estão no topo das intenções de compra: TV, geladeira e lavadora de roupas completam as cinco primeiras posições. Veja a lista completa abaixo.
Entre os produtos mais buscados na Black Friday deste ano, o item mais barato ficou com os suplementos e complementos alimentares, que podem ser encontrados por no mínimo R$ 16. O preço máximo e mediano do item está por volta de R$ 229 e R$ 83, respectivamente.
Francisco Donato, superintendente executivo da Mosaico no Banco PAN (BPAN4), dono do Buscapé, explica que em datas que movimentam o varejo, se torna comum observar oscilações de preços. “Muitas vezes causadas por estratégias do setor para equilibrar o fluxo de vendas e a logística durante o período.”
Além disso, o executivo aponta que a alta procura por determinados produtos pode impactar os preços, especialmente em categorias com menor disponibilidade de estoque. “Com a expansão do conceito de ‘Black November‘, as ofertas estão mais diluídas ao longo do mês, exigindo ainda mais atenção do consumidor para identificar o melhor momento de compra”, diz.
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Compras conscientes na Black Friday
Embora a Black Friday tenha entrado de vez no calendário dos brasileiros, especialistas chamam atenção para a linha tênue entre o consumo e o desequilíbrio financeiro. Bruna Garlo, advogada especialista em direito do consumidor e sócia do escritório Goulart Penteado, recomenda que os consumidores de olho nas promoções façam uso de plataformas para monitoramento de preços.
“Certifique-se também de olhar detalhadamente todas as especificações do produto para garantir que está comparando os mesmos itens”, diz. Ela ainda frisa que o consumidor deve ter consciência na hora de comprar, considerando se o valor de determinado item realmente cabe no bolso e não irá comprometer o orçamento.
“A enxurrada de ofertas supostamente imperdíveis, que são colocadas à disposição do consumidor, e com possibilidade de pagamento parcelado, estimula o aumento exacerbado e irresponsável de compras — muitas vezes sem que se tenha sido feita uma avaliação da capacidade financeira.”