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SÃO PAULO – A figura do correspondente facilitou a vida dos brasileiros que precisavam de uma grana extra para equilibrar o orçamento, mas que não tinham fácil acesso ao crédito consignado.
“Desde 2000, quando ele foi instituído, a estimativa é de que 35 milhões de operações de consignado foram feitas através do correspondente”, afirmou o presidente da ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Renato Martins Oliva.
De acordo com ele, o correspondente é uma invenção muito boa para o mercado de crédito no Brasil, tendo em vista que ele atende às populações mais distantes. “Ele faz a recepção e o encaminhamento da proposta de empréstimo consignado”.
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Grandes proporções
Conforme explicou Oliva, as grandes dimensões do Brasil, aliadas à uma baixa densidade demográfica, encarecem o crédito e dificultam o acesso da população a ele.
“O Brasil é um país continental. O que significa a extensão do Brasil? Três Índias, 15 Franças e 24 Alemanhas. Sem falar na baixa densidade demográfica. Isso ajuda a explicar o custo do empréstimo. Porque parte do custo do empréstimo é a infra-estrutura para se chegar ao consumidor e o sistema bancário é focado no Sudeste”, explicou.
O presidente da ABBC falou durante o XX Congresso Fibafin (Federação Iberoamericana de Associações Financeiras).
Tomada de crédito
De acordo com Oliva, a partir da década de 1990 é que o crédito começou a se expandir no Brasil, uma vez que houve a abertura da economia, a estabilidade da moeda e a reestruturação do sistema financeiro, dentre outras medidas.
“E o tomador de crédito? Desde então, ele aprendeu com os erros e as dificuldades. Ele é muito racional, tem forte impessoalidade com o empréstimo e isso está ligado à necessidade de busca da melhor alternativa. Sem saber matemática financeira, procura o menor endividamento, o menor comprometimento da renda”, comentou o presidente da associação.