Conta de luz: acordo sobre Itaipu volta à pauta do Congresso sem consenso

Parlamentar afirma que aumento do valor pago pela energia produzida pelo Paraguai na usina encarecerá contas dos brasileiros

Camila F. de Mendonça

Publicidade

SÃO PAULO – A revisão do Tratado de Itaipu deve voltar a ser discutida no Congresso Nacional e ainda sem consenso. A possibilidade de aumento do valor pago de energia elétrica pelo Brasil ao excedente produzido pelo Paraguai ainda sofre resistência de alguns parlamentares, que vêem na medida um ônus a ser pago pelos consumidores.

O acordo para revisão das tarifas foi assinado em julho de 2009 pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e pelo paraguaio, Fernando Lugo. A proposta foi aprovada pela Representação Brasileira do Parlamento do Mercosul e agora deve ser analisada por comissão especial da Câmara dos Deputados.

Atualmente, o Brasil paga US$ 120 milhões pela energia elétrica excedente gerada pelo país vizinho na Usina de Itaipu. Porém, o Paraguai quer elevar esse valor para US$ 360 milhões.

Masterclass Gratuita

Rota Liberdade Financeira

Aprenda a investir e construa um patrimônio do zero com o treinamento exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Para alguns parlamentares, esse aumento passará a ser cobrado nas contas de luz dos consumidores. Para outros, contudo, o aumento do valor representa uma ajuda do Brasil ao desenvolvimento do país vizinho – ampliando a imagem positiva do País no cenário externo.

Consumidor x geopolítica
“Essa revisão do tratado vai significar um ônus imenso que, sem dúvida nenhuma, vai ser repassado para o consumidor, para o industrial, para o produtor brasileiro”, afirmou o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), de acordo com a Agência Câmara.

Para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), porém, o Brasil não perderá nada com a revisão. Ele afirmou, ainda segundo a Agência, que o País tem condições de arcar com o aumento, e que a Eletrobrás não precisará repassar a despesa para as contas dos brasileiros. Ele ressaltou que os ganhos sociais e geopolíticos justificam a concessão ao Paraguai.

Tópicos relacionados