Publicidade
O uso estratégico da inteligência artificial está impulsionando uma revolução silenciosa no setor de viagens corporativas. À frente desse movimento está a VOLL, considerada a maior agência digital do segmento na América Latina. Fundada em 2017, a empresa fechou 2023 com faturamento de R$ 600 milhões, saltou para R$ 936 milhões em 2024 e já projeta atingir R$ 1,7 bilhão em 2025.
“Estamos crescendo cerca de 80% ao ano, com um ritmo muito acelerado, e a principal alavanca disso é o crescimento orgânico, com novos clientes e ampliação da carteira de produtos”, afirmou Luciano Brandão, fundador e CEO da VOLL, em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo, conduzido por Jamille Niero.
A base do avanço está na diversificação das soluções. Clientes que começaram utilizando a plataforma de mobilidade urbana passaram a adotar também os serviços de viagens, gestão de despesas e soluções internacionais. “Nosso crescimento é muito baseado em fidelização. A gente cuida bem dos clientes, e eles vão incorporando nossos novos produtos à operação deles”, explicou Brandão.
Continua depois da publicidade
Segundo o executivo, o relacionamento com empresas de grande porte também gera efeitos em cadeia. “Um bom trabalho com uma empresa cria curiosidade em outras. E esse efeito reputacional abre muitas portas para a gente.”
IA como pilar estratégico: nasce o Smart Hub
Com o objetivo de ampliar ainda mais a eficiência dos seus clientes, a VOLL lançou o Smart Hub, apresentado como o primeiro marketplace de agentes de IA voltado a reduzir os custos de viagens corporativas no mundo. A proposta é pragmática: usar tecnologia para realizar o que é “humanamente impossível” de ser feito em escala — como revisar milhares de reservas, encontrar melhores tarifas e auditar comprovantes de despesas.
“Estamos construindo um exército de assistentes digitais para que o gestor de viagens possa focar no que é estratégico, enquanto os agentes de IA lidam com as tarefas operacionais”, explicou Brandão. Um dos primeiros agentes desse hub é o AirSave, que promete gerar economia real em passagens aéreas sem comprometer a experiência do viajante.
Continua depois da publicidade
Na prática, o AirSave analisa cada reserva de voo feita, busca alternativas mais baratas e sugere trocas ao viajante e ao aprovador. “Ele pode dizer: ‘Consegui um voo que chega no mesmo horário, e que tem o mesmo número de escalas, mas custa R$ 400 a menos’. Isso permite decisões mais inteligentes sem sobrecarregar o gestor”, detalhou o CEO.
A expectativa é que o uso desse agente gere até 40% de economia em passagens, especialmente para funcionários com pouca familiaridade com viagens. Os testes já realizados validaram a eficácia da proposta.
Eficiência em hospedagens e despesas com IA
Outro agente criado pela VOLL é o RatesAudit, voltado à gestão de hospedagens — um setor conhecido por sua fragmentação. O agente verifica 24 horas por dia se os acordos tarifários firmados com hotéis estão realmente disponíveis no sistema no momento da reserva. Em caso de divergência, ele entra em contato direto com os estabelecimentos para garantir que os valores negociados sejam aplicados e disponibilizados na plataforma, para futuras reservas.
Continua depois da publicidade
“O gestor de viagens precisa garantir que o acordo feito com o hotel esteja disponível na prática, e isso é um trabalho ingrato e difícil. O RatesAudit resolve isso em tempo real”, disse Brandão. Com esse monitoramento contínuo, a ferramenta também cria indicadores de performance para cada hotel, facilitando renegociações e decisões estratégicas.
A VOLL também desenvolveu um terceiro agente de IA, voltado ao controle de despesas corporativas — o ExpenseAudit. Atuando como um auditor invisível, ele analisa 100% dos recibos de prestação de contas submetidos por meio da carteira digital da empresa, detectando possíveis fraudes, erros e padrões de comportamento que destoem da política interna da companhia.
“O agente consegue identificar, por exemplo, consumo de bebida alcoólica em recibos, duplicidade de lançamentos, valores incompatíveis com a política da empresa e, por comparar as jornadas de viagens e de mobilidade organizadas pela própria plataforma VOLL, até apontar possíveis incompatibilidades de datas e horários. Ele interage com o colaborador, solicita contexto e, se necessário, escala o caso para um ser humano”, explicou o executivo.
Continua depois da publicidade
Nova era para o gestor de viagens
Para Luciano Brandão, os agentes de inteligência artificial têm potencial para transformar radicalmente o papel do gestor de viagens. “Eles vão empoderar esse profissional, que hoje precisa lidar com operação, estratégia, políticas e relacionamento. Com a IA, ele poderá focar no que realmente importa: gerar valor para a empresa”, afirmou.
Além de reduzir custos e evitar fraudes, a proposta é também melhorar a experiência do viajante e dar mais agilidade às decisões. “Estamos investindo fortemente em atendimento, suporte e tudo que envolve a jornada do colaborador que viaja”, reforçou o CEO.
E o Smart Hub está apenas começando. Segundo Brandão, novos agentes devem ser lançados ainda neste semestre. “A gente não parte de ideias geniais, mas da escuta ativa com nossos clientes. Estamos mapeando processos que nem sempre estão visíveis para nós, fornecedores. E é ali, na repetição, que mora o potencial de automação”, revelou.
A estratégia é clara: identificar dores reais das empresas, aplicar tecnologia de forma prática e construir soluções em parceria com o mercado. “A gente tem isso no nosso DNA. Sempre construímos junto com o cliente — e essa nova era não será diferente”, concluiu Brandão.
Mais informações sobre os serviços da VOLL podem ser acessadas no site.