Classe média busca carros usados e blindados, mais baratos que blindar um zero

Segundo Abrablin, essa é a opção daqueles que não podem comprar um carro novo e também pagar pela blindagem

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SÃO PAULO – A busca por mais segurança tem feito com que mais pessoas procurem a blindagem de carros, mas apesar da queda no preço do serviço e da possibilidade de financiar o pagamento, nem todos os consumidores têm como arcar com os gastos de blindar um carro novo.

Segundo o presidente da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), Christian Conde, uma das opções usadas por aqueles que querem ter a segurança de um blindado, é a compra de um carro usado que já tenha recebido o serviço.

“Os carros são blindados quando novos, mas depois de um certo tempo voltam para o mercado, como usados, e essa é uma opção que está sendo usada por parte dos consumidores. Comprar um automóvel novo e ainda pagar a blindagem fica bem mais caro que a compra de um usado”, afirma.

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Mercado

Em 2008, o mercado de blindagem registrou um crescimento na procura pela blindagem, com 6.982 veículos recebendo a proteção, segundo dados da Abrablin. A queda no preço do serviço e a maior facilidade de financiamento facilitaram a procura pelo serviço, porém, a crise econômica e a queda na concessão de crédito também atingiram o setor.

“O primeiro semestre registrou queda no número de blindagens. O setor pegou carona na retração do crédito, mas o segundo semestre deste ano promete ser melhor”, diz Conde. A estimativa da associação para 2009, é de que cerca de 6.700 veículos sejam blindados.

Perfil dos consumidores

Apesar da queda no preço e do financiamento terem possibilitado que novas classes de consumidores buscassem a blindagem do carro, o serviço ainda apresenta restrições. Isso porque, para blindar um carro, é necessário que ele tenha potência superior a 90HP, e aqueles com potência menor, como os de motor 1.0, mais vendidos no Brasil, não devem receber a proteção, já que o peso adicionado ao carro reduz seu desempenho.

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Dados da Abrablin indicam que, no primeiro semestre deste ano, 75% dos usuários de blindagem eram do sexo masculino, sendo que 33% possuem entre 40 e 49 anos. Entre as mulheres, 32% têm entre 30 e 39 anos.

Considerando todos os usuários, 80% são empresários ou executivos, 6% são artistas, 5% políticos, 3% juízes e 6% possuem outras ocupações. Entre as regiões, São Paulo e Rio de Janeiro continuam sendo os estados com maior incidência de blindagem, com 67% e 21%, respectivamente. Em seguida aparecem Pernambuco, com 6%, e Minas Gerais, com 2%.