Classe executiva mais barata atrai demanda como refúgio da Covid-19

Cheios de dinheiro e com um número recorde de milhas aéreas depois de um ano “aterrados”, viajantes de lazer têm comprado assentos premium

Bloomberg

Avião (Pixabay)

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A classe executiva era aquele santuário silencioso e espaçoso para os abastados, pelo menos até a pandemia destruir a aviação global. Mas, à medida que os voos são retomados, este paraíso antes exclusivo está sendo invadido pelas massas.

Cheios de dinheiro e com um número recorde de milhas aéreas depois de um ano “aterrados”, viajantes de lazer têm comprado assentos premium em suas primeiras viagens após a longa pausa. Não buscam apenas comida servida em pratos, champanhe e pequenos cosméticos que normalmente acompanham tarifas mais altas. Também buscam minimizar o risco de pegar Covid no aperto da classe econômica.

A popularidade desses assentos lucrativos – especialmente entre passageiros que normalmente voariam em classe econômica – é um alívio para companhias aéreas que enfrentam uma crise que deve trazer US$ 174 bilhões em perdas até o final de 2021. À medida que as vacinações são aceleradas no Oriente Médio, Reino Unido e Estados Unidos, turistas com dinheiro para gastar surgem como um novo mercado a ser explorado por operadoras desesperadas para recuperar receitas.

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Jennifer Arnold, residente em Nova York, uma mergulhadora ávida, comprou uma passagem para as Maldivas via Doha pela Qatar Airways em maio. Embora vacinada, Arnold, que está aposentada, disse que garantir um assento na classe executiva era essencial.

“Foi estritamente para tentar sentar em uma área com menos pessoas”, disse Arnold, que usou pontos para o trecho de ida e pagou pelo voo de volta. “Não faria essa viagem se tivesse que voar de econômica enquanto o vírus ainda está se espalhando em grande parte do mundo.”

Assentos esgotados

As tarifas estão bem abaixo do pico, já que companhias aéreas tentam estimular a recuperação. Bilhetes da classe executiva transatlântica na Delta Air Lines, British Airways e American Airlines no final de maio são vendidos por pouco mais de US$ 3 mil. Esses assentos, especialmente para reservas de última hora, poderiam custar até US$ 9 mil antes da Covid, disse Brian Kelly, fundador do site de conselhos de viagens The Points Guy.

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Ao voar de Nova York para Miami no mês passado, Kelly descobriu que os assentos da primeira classe estavam esgotados em todos os voos de todos os aeroportos de Nova York com três semanas de antecedência. “Há anos viajo Nova York-Miami e nunca vi isso”, disse.