Carros: trânsito pode custar mais de R$ 1 mil para os motoristas

Anda e para do trânsito das grandes cidades pode se revelar o maior vilão do bolso dos consumidores

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – O trânsito nas grandes metrópoles é caótico e o anda e para costuma não ter fim. Com isso,  a vida útil das peças do carro pode diminuir bastante.

Enquanto o veículo está ligado, porém parado, o motor continua trabalhando e é quando peças importantes do sistema de lubrificação, arrefecimento, sincronismo do motor e de embreagem começam a dar problemas. E, trocar estas peças, pode custar mais de R$ 1 mil para um carro popular, como mostra a tabela abaixo:

Pacote de produtos para veículo popular (ex.)
Produto Preço
Óleo para motor (litro) R$ 24,90 
Filtro de óleo  R$ 12,90
Filtro de ar  R$ 11,90
Aditivo do radiador  R$ 19,99
Correia dentada  R$ 250,00
Rolamento da embreagem R$ 54,70
Fluído de freio R$ 11,90
Pastilha de freio R$ 31,60
Amortecedor (dianteiro) R$ 279,80
Amortecedor (traseiro) R$ 170,00
Batente e coifa (dianteiro) R$ 16,00
Batente e coifa (traseiro) R$ 18,60
Batente superior (dianteiro) R$ 46,70

Mão de obra
De acordo com o administrador e responsável técnico da Auto Mecânica Scopino, Pedro Luiz Scopino, a variação de preço da mão de obra é grande, pois depende do modelo do veículo, mas em média, “para a troca destes itens, a mão de obra é cerca de R$ 160”.

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Segundo o diretor e técnico responsável do Departamento Técnico de Manutenção Preventiva e Corretiva de Autos Mingau, Edson Roberto de Avila, estas peças fazem parte de sistemas que são bastante exigidos quando o automóvel está em atividade constante. Ele afirma que os preços da mão de obra podem variar de R$ 70 a R$ 140 a hora, porém, “dependendo do sistema operacional que será reparado, a manutenção pode chegar tranquilamente até R$ 200 a hora”.

Prevenção de problemas
Para Scopino, o motorista precisa conhecer o veículo e saber seus limites. Para isso, a melhor forma é “ler o manual do proprietário, que determina a quilometragem de manutenção”. Porém,ele ressalta que o trânsito é considerado serviço severo, ou seja, exige mais dos sistemas, portanto é preciso considerar a revisão na metade da quilometragem indicada”, aconselha.

Segundo Avila, “o ideal é visitar o mecânico de sua confiança regularmente, com prazos estipulados por ele, pois só assim poderá evitar quebras indesejáveis e gastos desnecessários. Agora, se o motoristas preferir esperar surgir algum tipo de ruído ou falha, ele poderá ser um forte candidato a desembolsar um alto valor para o conserto”, explica.

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Ambos profissionais ressaltam a importância da manutenção preventiva, pois segundo eles, a manutenção corretiva é eficiente, porém também pode custar bastante ao motorista. “Fazendo a [manutenção] preventiva, o consumidor tem três vantagens: programar a parada do veículo, não tem surpresas no uso do veículo e o valoriza, e é mais barata que a [manutenção] corretiva”, explica Scopino.

Para evitar que o veículo sofra mais com o trânsito, Scopino aconselha que o motorista “não segure o pedal da embreagem acionado [quando o carro estiver parado] e faça a manutenção preventiva regularmente”.