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SÃO PAULO – Desde setembro do ano passado, a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou que estava estudando a possibilidade de lançar consórcios imobiliários, como forma para compensar a retirada de algumas linhas de financiamento imobiliário voltadas para a classe média.
Parceria com Abac chegou a ser anunciada
Na época, o então presidente da CEF, Emílio Carazzai, afirmou que a introdução de consórcios é uma boa alternativa para reduzir a exposição da instituição ao risco de inadimplência dos mutuários. O lançamento que estava previsto para o início de 2002, acabou sendo adiado inúmeras vezes.
A Caixa chegou inclusive a anunciar em fevereiro deste ano uma parceria com a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), cujo intuito era vender cotas de consórcios imobiliários. Através da parceria, a Caixa não precisaria criar uma empresa especifica para tratar dos consórcios, o que acabaria agilizando a viabilização do projeto.
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Consórcios devem ser lançados em agosto
Como a parceria com a ABAC não foi adiante, a Caixa acabou optando por criar uma empresa própria, Caixa Consórcios, que é uma subsidiária integral da Caixa Seguros, para atuar no segmento. De acordo com informações do presidente da Caixa, Valdery Albuquerque, a nova empresa já recebeu autorização do Conselho de administração da Caixa e da própria Susep (Superintendência de Seguros Privados), mas ainda aguarda aprovação do Banco Central.
As cartas de crédito a serem oferecidas nos consórcios da Caixa terão valores médios de R$ 50 mil a R$ 60 mil, com prazo de pagamento entre 60 a 120 meses. No que refere as taxas cobradas, estas devem ficar entre 15% e 20% dependendo do prazo de pagamento do consórcio. Com isto, a Caixa acabou com a preocupação de algumas operadoras de consórcios, que acreditavam na possibilidade da instituição adotar uma guerra de preços, praticando taxas muito mais baixas do que o resto do mercado com o objetivo de atrair novos consorciados.
Por último, a Caixa anunciou que os consórcios devem estar disponíveis apenas para a compra de imóveis novos, usados ou em construção. Além disto, a Caixa lembrou que o número de cotistas em cada grupo deve ser igual a três vezes o prazo de duração do consórcio. Portanto, um grupo de duração de 60 meses contará com a participação de 180 consorciados.