Brasileiro está disposto a investir com ajuda de robôs

Estudo mostra que 84% dos consumidores preferem a interação humana para resolver algumas dúvidas e reclamações

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Parece que cada vez mais as pessoas estão aderindo e utilizando a tecnologia. E o mercado financeiro não escapa: segundo o relatório realizado pela Accenture e disponibilizado com exclusividade ao InfoMoney, 7 em cada 10 consumidores estão dispostos a utilizar serviços baseados em robo advisor (consultoria e serviços gerados por computador, sem orientação humana) para seus serviços bancários, de consultoria financeira e seguros.

Por outro lado, 84% dos consumidores preferem a interação humana para resolver algumas dúvidas e reclamações, deixando às empresas o desafio de mesclar a presença física com a experiência digital avançada, enquanto buscam a integração entre os serviços humanos e robotizados.

O relatório nomeado de “Distribution & Marketing Consumer”, entrevistou aproximadamente 33 mil consumidores em 18 países e regiões e mostra que os consumidores estão abertos ao robô advisor para ajudá-los a determinar qual conta bancária abrir (71% globalmente e 84% no Brasil), qual cobertura de seguro contratar (74% globalmente e 87% no Brasil) e como planejar a aposentadoria (68% globalmente e 84% no Brasil).

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“Descobrimos que existe uma forte demanda para o robo-advice em todas as áreas de serviços financeiros – aconselhamento bancário, de seguros e financeiro. Porém, enquanto as instituições financeiras esperaram se beneficiar da redução de custos internos, fornecendo aos clientes uma opção “robotizada”, nossa pesquisa constatou que os consumidores ainda buscam alguma interação humana de primeira linha. As empresas de serviços financeiros bem-sucedidas terão uma estratégia que integra perfeitamente tecnologia, redes de filiais e equipe para prestar um serviço que combine as capacidades físicas e digitais”, afirmou Piercarlo Gera, diretor executivo de Serviços Financeiros da Accenture.

Considerando todos os países, 39% dos consumidores indicaram que os principais atrativos para o uso de plataformas robo-advice seriam a perspectiva de serviços mais rápidos e 31% mais baratos, além de 26% considerarem a inteligência dos computadores mais imparcial e analítica que a dos humanos.

Os países que mais querem adotar o robô-advice são emergentes, incluindo Indonésia (92%), Tailândia (90%), Brasil (86%) e Chile (84%). Nessas áreas já é comum utilizar um smartphone ou outro dispositivo digital como o principal veículo para interação com os serviços financeiros.

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A pesquisa descobriu ainda que quase dois terços dos consumidores estão interessados em seguros (64%) e consultoria bancária (63%) personalizados com base em seus contextos individuais.

A pesquisa ainda revela que os consumidores estão dispostos a migrar para provedores não tradicionais em serviços financeiros. Cerca de 50% dos entrevistados brasileiros disse que se mudaria para o Google, Amazon ou Facebook para obter serviços bancários, 47% serviços de seguros e 48% serviços de consultoria financeira.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.