Brasil: poder de compra aumentou 19% nos últimos oito anos, diz IBGE

Entre 2003 e 2010, houve ganho de pouco mais de R$ 238 no poder de compra, em média, nas regiões pesquisadas

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – O poder de compra da população ocupada brasileira apresentou crescimento de 19%, entre 2003 e 2010, o que equivale a pouco mais de R$ 238. É o que revela um estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do País e divulgado nesta quinta-feira (27).

Nestes oito anos, os destaques foram Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, cujos trabalhadores tiveram crescimento de 26,5%, 27,5% e 24,4% no rendimento médio mensal, respectivamente.

Considerando cada ano analisado, o IBGE mostra que, em 2003, o poder de compra havia diminuído em todas as regiões estudadas e em quase todas as categorias e grupos de atividade.

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Esta redução pode ser explicada pelo aumento da informalidade no mercado de trabalho naquele ano. Para se ter uma ideia, a média do rendimento médio da população ocupada nos meses de março a dezembro de 2003 foi 12,3% menor do que na comparação com o ano anterior.

Já a partir do segundo trimestre de 2004, o rendimento médio do trabalhador apresenta um crescimento que se ampliou até 2010. Apesar da recuperação, em 2004, a média anual de rendimento foi inferior à registrada em 2003 (R$ 1.252,48, contra R$ 1.236,49).

Melhora do mercado de trabalho
Em 2005, com as melhores condições registradas no mercado de trabalho, o brasileiro aumentou seu poder de compra, já que o rendimento médio anual aumentou em cinco das seis regiões avaliadas. Em Porto Alegre, por outro lado, houve queda de 1,2%, de R$ 1.190,66 para R$ 1.176,18.

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No ano seguinte, o poder compra dos brasileiros cresceu ainda mais, já que a alta registrada foi de 4%, em relação a 2005. Em São Paulo e Salvador, a expansão superou a média, chegando a mais de 5%, na mesma base de comparação.

A expansão do rendimento médio continuou em 2007, época em que o valor médio apresentado foi de R$ 1.346,77, alta de 3,2%, frente a 2006. Na análise entre as regiões, São Paulo apresentou a menor expansão neste indicador (1,8%).

Em 2008 e 2009, a média anual do rendimento médio do brasileiro foi de R$ 1.392,50 e R$ 1.436,69, respectivamente. Já em 2010, foi registrado a maior média desde 2003, de R$ 1.490,61.

Por regiões
Na análise entre as regiões, nota-se que a diferença de rendimento entre elas está se reduzindo, nos últimos oito anos. Historicamente, a região metropolitana de São Paulo é a que apresenta o maior rendimento desde 2003.