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SÃO PAULO – Circulam atualmente no país cem milhões de cédulas de R$ 2 produzidas na Suécia, de acordo com informações do Banco Central. Para importa-las, foi necessário que o órgão desembolsasse R$ 20 milhões como medida emergencial.
Segundo o Banco Central, “o valor em Reais na contratação foi de R$ 21.171.665,20. Esse valor foi o alocado inicialmente, com a taxa de câmbio por ocasião da contratação, em setembro de 2016. O valor efetivamente pago foi de R$ 20.205.024, correspondendo ao custo por milheiro de R$ 202,05. Apenas para eventual comparação esse valor foi cerca de 20% inferior ao pago à Casa da Moeda do Brasil em 2016, de R$ 242,73”.
Praticamente iguais às notas brasileiras, as suecas passam normalmente pelas mãos de brasileiros e provavelmente quase nem são notadas. Pode-se perceber a diferença pelas letras DZ sob o desenho de tartaruga nas notas e pelo escrito Crane AB na outra ponta, referente ao nome da companhia que as produziu.
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Emergência
De acordo com a Lei 13.416, de 23 de fevereiro de 2017, o Banco Central tem autorização para adquirir papel-moeda e moeda metálica fabricados fora do País por fornecedor estrangeiro sem licitação, desde que como medida emergencial.
Nesse caso, houve insegurança a respeito da produção da Casa da Moeda para 2016: não se sabia se seria possível produzir toda a moeda necessária e, para evitar problemas, declarou-se o caráter emergencial dessas importações.
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Contatada, a Casa da Moeda afirmou que seu Plano Anual de Produção (PAP) de 2016 foi entregue em sua totalidade e que houve inclusive 11 milhões de notas excedentes, então não haveria real necessidade dessa importação. De acordo com porta-voz, a medida foi tomada “por via das dúvidas”. Nos seis anos anteriores a 2016, o PAP não fora cumprido.