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O varejo brasileiro terá que convencer um público entediado nesta Black Friday. Uma pesquisa encomendada pelo Google à Offerwise, feita em julho de 2024 com 2 mil respondentes, mostrou que 65% dos respondentes consideram as ofertas da última BF “mais ou menos iguais”.
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Apesar de 85% dos respondentes terem avaliado as ofertas da Black Friday de 2023 como boas, a impressão de ofertas repetitivas pode ter relação com o universo reduzido de descontos promovidos no ano passado: 17% menos ofertas anunciadas em comparação com 2022. “As marcas estavam lá, mas com menos apetite”, explicou Gleidys Salvanha, diretora-geral de negócios para Varejo e Tecnologia do Google Brasil, no evento Google Black Friday 24, que aconteceu ontem (11) em São Paulo.
Em julho de 2023, 66% dos consumidores declararam na mesma pesquisa que pretendiam comprar na Black Friday. Contudo, apenas 54% efetivamente comprou e, entre esse grupo, 40% comprou menos do que esperava.
Para 2024, contudo, as expectativas parecem ser mais positivas, levando em conta o cenário macroeconômico, com o desemprego e a taxa de juros em níveis mais baixos do que anteriormente. A data neste ano acontece em 29 de novembro.
Segundo o estudo, a maior parte (62%) dos consumidores brasileiros pretendem aproveitar a Black Friday de 2024. Além disso, os respondentes declaram estar otimistas com relação às finanças: a maioria (67%) acredita que sua capacidade financeira para fazer compras vai melhorar ou ficar igual até o final do ano.
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“O varejo deixou dinheiro na mesa no ano passado (…) Então, para não repetir este cenário em 2024, as marcas precisam inovar”, pontua Salvanha.
Consumidor mais exigente
Quando analisadas as intenções de consumo por categorias, a pesquisa indica
que, apesar de os consumidores seguirem desejando as mesmas categorias que no ano
passado – eletrônicos (76%), moda (59%), beleza e cuidado pessoal (44%) e produtos para casa (41%) –, o interesse de consumir vai além do varejo: 72% dos brasileiros gostariam de aproveitar algum tipo de oferta de viagem; 56% gostariam de aproveitar ofertas de cursos, e 43% gostariam de ter algum tipo de oferta de medicamentos sem prescrição, como suplementos e vitaminas.
De acordo com o estudo, apesar de o preço continuar sendo o principal fator para as compras, atributos ligados à qualidade do produto e confiabilidade da loja, site ou
aplicativo consolidam-se como prioridades para os brasileiros, além do custo do frete, conforme mostra o gráfico abaixo.
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“Temos acompanhado a crescente adoção da Black Friday por outras indústrias, que
pegam carona no calendário para oferecer produtos e serviços em um momento em que o consumidor já está engajado nas compras. Em 2024, apostamos que esse movimento vai se consolidar. E não estamos falando de participar de qualquer forma. Há uma oportunidade de trabalhar a experimentação: é possível lançar produtos durante a Black Friday, trabalhar fidelização ou estratégias para gerar carrinhos mais valiosos”, afirma Gleidys.