Black Friday: atraso ou não entrega de produto é a maior queixa de consumidores, diz Procon-SP

Varejistas dominam ranking de empresas mais reclamadas no evento de promoções

Giovanna Sutto

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O Procon-SP divulgou, na manhã desta segunda-feira (28), um novo balanço de reclamações relacionadas à Black Friday. Até 10h30 de hoje, 899 consumidores procuraram o Procon-SP para informar sobre de problemas nas compras ou contratações durante o evento do varejo.

A maior parte das queixas foi quanto ao atraso ou a não entrega de itens adquiridos, um total de 286, que correspondem a 31,8% do total.

Outros problemas relatados foram: “maquiagem de desconto” ou mais conhecida como “metade pelo dobro”, quando o desconto oferecido não é real (104 queixas); produto ou serviço entregue diferente, incompleto ou com danos (101 queixas); mudança no preço ao finalizar a compra (94 queixas) e produto ou serviço indisponível (93 casos).

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Empresas mais reclamadas

O Procon-SP também lista as empresas mais reclamadas em seus canais. Levantamento foi realizado até as 12h desta sexta e considera as 899 reclamações. Veja:

Empresas  Total (%) de reclamações 
Magazine Luiza 6,79%
Americanas 6,56%
Via (Casas Bahia/Ponto/ Extra) 4,00%
Carrefour 3,67%
Centauro  3,45%

Por nota, a Via afirmou que antecipou o início da Black Friday para 19 de outubro. E que, por isso, as demandas no Procon se tratam, em sua maioria, de casos pontuais não relacionados à Black Friday, e que já estão em tratativas.

“A companhia reforça que, para a data promocional, manterá atendimento ininterrupto, iniciado no começo da campanha de Black Friday, até o dia 30 de novembro”.

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O Magazine Luiza afirma que “faz questão de responder a todas as dúvidas e reclamações de seus clientes, seja por telefone, chat, email ou redes sociais, ao longo de todo o ano”. O Magalu ressalta que reforçou suas equipes para que o atendimento aos consumidores funcione de maneira ininterrupta.

A Americanas afirma também que fortaleceu sua operação para a Black Friday e “segue comprometida com o objetivo de oferecer a melhor experiência da internet brasileira”.

“A companhia está atuando para solucionar rapidamente todas as questões que venham a surgir e ressalta que o percentual de reclamações é muito baixo em relação ao total de pedidos recebidos durante o evento”, diz a nota da empresa.

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A Centauro afirmou que trabalha para “aprimorar constantemente seus sistemas e processos”. Especialmente para a Black Friday, também tem um time dedicado para solucionar questões que possam surgir. A empresa diz, ainda, que todos os casos citados já foram resolvidos.

O Carrefour também foi contatato, mas ainda não enviou o posicionamento.

Comprar com consciência

Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que a Black Friday deste ano movimente cerca de R$ 6,05 bilhões em vendas, um resultado que se concretizado será 3,5% maior do que o registrado em 2021.

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Nesta edição, a televisão promete ser o destaque de vendas por causa da realização da Copa do Mundo, iniciada 5 dias antes da data oficial. E a data das promoções também será usada, segundo pesquisas de consumo, para as famílias anteciparem as compras de Natal.

Mas atenção: faça compras com consciência e não se iluda com supostas ofertas imperdíveis. Na segunda-feira (28) será realizada a Cyber Monday, voltada para descontos em produtos de tecnologia. E depois do Natal, claro, a tradicional queima de estoque das varejistas, com preços sempre mais em conta.

O InfoMoney preparou um guia completo com dicas de planejamento financeiro e explica como se preparar para evitar golpes.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.