Apple Watch vendeu mais do que toda a indústria de relógios suíços em 2019

Segundo analistas, a Apple vendeu aproximadamente 31 milhões de relógios, cerca de 10 milhões a mais do que a industria suíça

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Em 2019, a Apple vendeu mais relógios do que toda a indústria de relógios suíços – cerca de 10 milhões de unidades a mais.

De acordo com um relatório da Strategy Analytics, empresa britânica de consultoria e pesquisa, foram vendidos cerca de 30,7 milhões de Apple Watches ano passado. Em comparação, a indústria de relógios suíços vendeu 21,1 milhões de peças no mesmo período.

Os números de venda da companhia americana representam um crescimento de 38% em relação a 2018, quando a Apple comercializou 25 milhões de smartwatches. Do outro lado, as remessas de relógios suíços caíram 13%, ante 24,2 milhões de unidades vendidas em 2018.

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O renomado e luxuoso setor de relógios suíços abrange marcas de luxo como Tag Heuer, Swatch e Tissot – que produzem modelos que podem passar facilmente dos R$ 20 mil.

Segundo o relatório, a lacuna entre os resultados se deve, principalmente, ao interesse dos consumidores de hoje, principalmente jovens, em tecnologia de ponta – uma característica inerente ao Apple Watch.

“Uma mistura de design atraente, tecnologia poderosa e fácil de usar, além de aplicativos interessantes torna o Apple Watch extremamente popular na América do Norte, Europa Ocidental e Ásia”, afirma Steven Waltzer, analista sênior da Strategy Analytics e responsável pelo relatório.

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Já Neil Mawston, diretor executivo da Strategy Analytics, acredita que os relógios analógicos são, até hoje, um artigo de luxo muito relevante, mas se concentram entre os consumidores mais velhos, tendo pouquíssima penetração entre os jovens.

“Relógios de pulso analógicos continuam populares entre os consumidores mais velhos, mas compradores mais jovens estão preferindo modelos inteligentes e computadorizados”, explica Mawston.

Ver as horas é coisa do passado

O relatório da Strategy Analytics afirma que o público exige, a cada ano que se passa, acessórios mais completos, tecnológicos e inovadores – onde os relógios de hoje devem ter mais utilidades do que apenas servir para ver as horas.

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Por conta de vários recursos e possibilidades, o Apple Watch – assim como os outros smartwatches – é bem mais que um simples relógio. É uma extensão de um smartphone, com ferramentas e tecnologias complexas e úteis para o dia a dia de todos, além de servir como uma ótima ferramenta de monitoramento de saúde.

Essa visão de incorporar serviços e ferramentas diferentes a um dos mais antigos acessórios de pulso é uma ideia defendida por Tim Cook, CEO da Apple, há anos.

Para Cook, o Apple Watch pode se tornar o recurso mais importante para integrar os esforços da Apple no setor de saúde.

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Em uma entrevista à CNBC, canal americano de notícias, em janeiro de 2019, durante uma discussão sobre o recurso de notificações de ritmos cardíacos do Apple Watch, ele afirmou que a Apple pode ser vista no futuro como uma grande contribuidora para o setor da saúde mundial.

“No futuro, quando olharmos para trás e fizermos a pergunta: ‘Qual foi a maior contribuição da Apple para a humanidade? ‘ A resposta será sobre saúde “, afirmou o CEO.

“Queremos capacitar o indivíduo a gerenciar sua saúde por meio das nossas ideias e da nossa tecnologia”, conclui Cook.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.