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DETROIT/SÃO PAULO – A General Motors disse nesta sexta-feira que orientou seus revendedores e concessionários a parar de vender certos modelos do Chevrolet Cruze, mas não revelou o motivo da decisão. A decisão é válida apenas para os Estados Unidos, já que o modelo vendido no Brasil é bastante diferente do americano.
A maior montadora dos EUA disse que os modelos Cruze afetados, dos anos 2013 e 2014 equipados com um motor turbo de 1,4 litro, não estão sendo chamados para recall. No mês passado, a GM anunciou o recall de 1,6 milhão de carros de modelos mais antigos para substituir ignições defeituosas. O defeito está ligado a pelo menos 13 mortes.
Mesmo assim, as famílias das vítimas de um defeito de ignição podem não receber indenização. A GM, fabricante do carro, pode escapar de ter de pagar cerca de US$ 3 bilhões às famílias – tudo por conta da crise de 2008 que fez a montadora falir.
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Como os incidentes ocorreram antes de 2009, a “Nova GM” não tem grandes responsabilidades sobre eles, de acordo com a lei norte-americana. A ignição defeituosa começou a ser colocada nos carros da fabricante em 2002, mesmo estando abaixo do padrão de qualidade esperado pela montadora e o recall demorou anos para acontecer.
A CEO (Chief Executive Officer) da empresa, Mary Barra, deverá testemunhar perante o congresso americano nesta semana. Embora tenha prometido fazer o “justo” para a família das vítimas, Barra, ao pagar a indenização, criará jurisprudência para que a GM seja responsabilizada por um inúmero caso de processos, de trabalhistas à acidentes, que ocorreram antes de 2009.
(Com Reuters)