Aérea dá chance a turista que visita o Japão de reduzir volume da bagagem com aluguel de roupas

Experimento da Japan Airlines quer saber se bagagem menor pode reduzir emissão de CO2 lançado pelos aviões

Equipe InfoMoney

Alta nas passagens aéreas foi destaque na quadrissemana

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Depois de fechar-se ao mundo devido à pandemia de Covid-19, o Japão abriu todas as suas fronteiras para o turismo de massa. A experiência anterior, mas ainda sob grande temor, ocorreu na edição dos Jogos Olímpicos adiados para 2021, cuja sede foi Tóquio, a megalópole e capital do país.

É verão no Japão, e as altas temperaturas nesta época do ano atrai turistas do próprio Sudeste Asiático e de diversas regiões do globo para o país insular em busca de praia, cultura, gastronomia única e pelo modo de vida, todo hightech, que só existe lá.

No rastro de toda essa gama de atrações, um experimento que promete durar um ano quer testar o desapego do turista em prol da sustentabilidade nas viagens aéreas até o país. A proposta é ousada e está sob a batuta da Japan Airlines (JAL).

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Segundo o Financial Times, a proposta é a seguinte: o turista que embarcar na JAL e assim quiser poderá viajar com pouca bagagem, levando consigo apenas peças íntimas e escova de dentes. As demais roupas poderão ser alugadas quando estiverem em solo.

O experimento começou nesta quarta-feira (5) e coloca à disposição do viajante aluguel de roupas por estação do ano, tamanho, combinação de cores e até para ocasiões para formais, como uma reunião importante de trabalho.

A reserva do vestuário pode ser feita com até um mês de antecedência, e o uso dos looks pode ser feito ao longo de até duas semanas. O esquema experimental, conhecido como “Any Wear, Anywhere” (Qualquer roupa, Qualquer lugar), foi lançado como uma tentativa de promoção do turismo sustentável.

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Ao longo de 1 ano, a JAL diz que vai coletar dados para confirmar se o esquema causa uma redução geral no peso das malas dos passageiros.

O site parceiro da JAL e responsável pelo sistema de aluguel de roupas afirma, segundo relatou o Financial Times, que uma bagagem com 10 kg a menos de um passageiro resulta em uma redução estimada de 7,5 kg nas emissões de dióxido de carbono. Um corte de 7,5 kg nas emissões de CO₂, acrescenta como referência, equivale a deixar de usar um secador de cabelo durante 78 dias (com base em um uso médio de 10 minutos por sessão de secagem).

Custo do serviço

Uma mulher que viaje a negócios no verão japonês pode pagar 5.000 ienes (US$ 35 ou R$ 170) por uma seleção de cinco tops e três bottoms que incluem camisas de linho, calças e uma saia até o tornozelo.

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Já um homem que faça uma viagem mais casual no inverno pode alugar um guarda-roupa que inclui jeans desbotados da moda, um moletom e uma jaqueta acolchoada por 7.000 ienes.

As roupas alugadas serão entregues num hotel ou acomodação do Airbnb antes da chegada do viajante e recolhidas no final da visita para serem lavadas e recicladas.