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Acima de R$ 4 por litro, a gasolina sempre é pauta entre os brasileiros preocupados em cuidar bem de suas finanças.
Durante o verão e em tempos de férias e viagens, a primeira preocupação na estrada é essa economia – e então vem a dúvida célebre: é melhor deixar as janelas abertas ou o ar-condicionado ligado?
Segundo estudo realizado pela Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE), nos EUA, dirigir com o ar-condicionado ligado é a melhor maneira de economizar combustível.
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Mas, em alguns casos, pode não ser a opção mais indicada, conforme explica Rodrigo Mourad, sócio-fundador da Cobli, startup especializada em rastreamento, telemetria e gestão de frotas.
“Há dois fatores que devem ser considerados ao abordar esse assunto. Primeiro, a forma de funcionamento do compressor de ar no veículo e a quantidade a mais de combustível que o motor precisa para operar e, em segundo lugar, o fator conhecido como arrasto”, diz Mourad.
Ele detalha que o arrasto é a resistência que o carro e todos os objetos em movimento encontram quando se deslocam pelo ar a qualquer velocidade. Ele pode ser notado, por exemplo, ao colocar a mão para fora da janela de um veículo em movimento – quando as janelas estão fechadas, a estrutura dos veículos atuais é projetada para “anular” essa força.
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“Para entender de forma prática, pense no veículo como um paraquedas. Quando um paraquedista abre o equipamento ele ‘segura’ o ar, o que causa arrasto o suficiente para diminuir a velocidade da queda e permitir o pouso com segurança’.
‘Ao contrário dos paraquedistas, motoristas e empresas que possuem frotas definitivamente não querem que isso aconteça com o carro, porque faz com que o motor trabalhe mais para conseguir que o veículo se mantenha na mesma velocidade ou até acelere”, completa o empreendedor.
Considerando a pesquisa realizada pela SAE, ele nota que foram usados deslocamentos de ar frontal e lateral, para simular vento cruzado em velocidades acima de 80 km/h.
Nestes casos, há uma diminuição da eficiência de combustível de até 20% – maior que a mesma situação com o ar-condicionado ligado, que a diminui em 10% com relação ao carro sem ar-condicionado com as janelas fechadas.
Fora dessas condições simuladas, a história pode ser diferente.
“Quanto menor a velocidade, menor a influência da resistência do ar. Então se o veículo trafega pela cidade, por exemplo, do ponto de vista da eficiência energética, é mais eficiente dirigir com as janelas abertas, pois o atrito com o ar quase não afetará o consumo”, resume Mourad.
Portanto, ele indica que o uso do ar-condicionado como melhor opção para economia de gasolina funciona principalmente em rodovias, em velocidades acima dos 80 km/h. Em trechos urbanos, a diferença será pequena e dificilmente pagará o preço da comodidade e da segurança.
Outro fator que influencia nessa conta é o motor do automóvel. Motores mais potentes são menos afetados pelo funcionamento do ar-condicionado. Já em carros populares com motor 1.0, a diferença é latente – alguns motoristas costumam desligar o ar-condicionado na hora de ultrapassagens, para ganhar momentaneamente alguns cavalos extras de potência.
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