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Um mercado de capitais forte e inclusivo é peça-chave para o desenvolvimento de qualquer país. É por meio dele que empresas acessam recursos para crescer, inovar e financiar projetos de longo prazo, da expansão de um hospital a obras de infraestrutura urbana. Para que esse mercado funcione bem, é fundamental que o hábito de investir esteja presente na vida das pessoas. Quanto mais investidores no país, maior a capacidade de irrigar a economia real.
A boa notícia é que o brasileiro já tem o hábito de guardar dinheiro. A poupança, nesse contexto, cumpre um papel importante: é um instrumento amplamente conhecido, seguro e com liquidez. Mas, apesar de sua relevância, ela representa apenas uma das muitas possibilidades de aplicação e é justamente aí que reside um desafio cultural. Quando a poupança se torna o ponto final da jornada financeira, e não um ponto de partida, deixamos de explorar alternativas que podem oferecer resultados melhores de acordo com cada perfil e objetivo.
- Leia mais: Boom da atividade de consultoria: mais competividade e poder de escolha para investidores
De acordo com o Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha, enquanto 33% da população afirma ter economizado dinheiro, menos da metade desse grupo alocou os recursos em produtos financeiros. Isso significa que cerca de 32 milhões de pessoas pouparam, mas deixaram o dinheiro parado. O dado revela que não se trata apenas de uma escolha. Em muitos casos, é reflexo de falta de informação, de familiaridade ou de confiança nas alternativas disponíveis.
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Além disso, seis em cada dez brasileiros não conseguem citar espontaneamente nenhum produto financeiro, o que demonstra o tamanho do desafio em ampliar o repertório de conhecimento sobre finanças pessoais. Mesmo com o avanço das plataformas digitais e a multiplicação de fontes de informações sobre o assunto, como os influenciadores de finanças, a maioria dos brasileiros ainda não tem uma base sólida de compreensão sobre investimentos.
Foi nesse contexto que a ANBIMA lançou a maior campanha da sua história, “Quem investe pode mais”. A proposta é abordar investimento com uma linguagem acessível, sem jargões, aproximando o tema da realidade de quem ainda não está muito familiarizado com o assunto. A campanha estará em diversos canais como TV e rádio, por exemplo.
O foco, neste momento, é contribuir para o fortalecimento de uma cultura de investimentos no Brasil. Nosso papel é apresentar os produtos financeiros como ferramenta e não como privilégio. Mostrar que eles podem estar associados a objetivos concretos do cotidiano: realizar um projeto pessoal, garantir mais estabilidade no futuro ou simplesmente ampliar a liberdade de escolha sobre o que fazer com o próprio dinheiro.
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Sabemos que mudar uma cultura exige tempo. Por isso, o esforço da campanha está centrado em educar, engajar e inspirar. O ponto de partida é reconhecer que milhões de brasileiros já têm o hábito de guardar dinheiro. Agora, é preciso ampliar esse comportamento, oferecendo caminhos para que essa disciplina se converta em construção de patrimônio.
Investir é uma prática que precisa deixar de ser vista como distante, complexa ou restrita. Quando compreendido em sua essência, o investimento se revela uma ferramenta capaz de transformar metas em realidade. E mais do que isso: capaz de ampliar a autonomia de quem escolhe o que fazer com seu próprio futuro.