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“O País precisa superar o vício no Estado. Tudo no Brasil depende do Estado: de fantasia de Carnaval a empresa de telefonia. O dinheiro em uma sociedade capitalista tem seu papel, mas é preciso que esse papel seja transparente e que possa ser fiscalizado. É importante dimensionar o papel do dinheiro”. A declaração é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Em entrevista ao canal UM BRASIL e Fundação BRAVA, em parceria com o Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp) da FGV, o ministro aponta a forte dependência do Estado por parte de vários setores da economia e, também, no sistema eleitoral.
“O candidato a qualquer cargo eletivo precisa ser capaz de mobilizar a cidadania para atrair doações de cidadãos comuns, de forma que o sistema eleitoral consiga superar a dependência do financiamento público”, avalia durante o lançamento do estudo Os custos da campanha eleitoral no Brasil: uma análise baseada em evidência, lançado pela FGV e BRAVA.
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Ele enfatiza na entrevista que o atual sistema eleitoral produziu um ambiente no Legislativo que, com muita frequência, não é sensível às demandas da sociedade. Pontua também que o modelo de financiamento privado alimentou um esquema de corrupção nocivo ao País.
“Aquele modelo [de financiamento privado com recursos de empresas] alimentava a corrupção. Não havia um contrato público relevante no País que não tivesse um porcentual de propina, de desvio. Buscar dinheiro no Estado é muito fácil, mas essa é uma mentalidade que precisamos enfrentar e repensar”, conclui.
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