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Infraestrutura precária gera custo operacional imenso para setor privado

Em entrevista ao Um Brasil, CEO do Grupo Martins avalia ambiente para reformas e peso da infraestrutura brasileira
Por  Um Brasil
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O setor privado tem apostado fortemente na retomada de um crescimento mais vigoroso da economia brasileira tendo como base a série de reformas que tomaram a agenda do governo nos últimos anos, como a Trabalhista, a Previdenciária e a que está no centro das atenções do Legislativo atualmente, a Tributária.

Na visão do CEO do Grupo Martins Atacado e Distribuidor, Flávio Martins, esse caminho reformista que tem ditado a pauta do Legislativo e do Executivo está correto. “No setor privado, nós sempre achamos que a velocidade pode ser um pouco maior. Mas essas reformas têm dado resultado. A Reforma Trabalhista, ainda com muito para melhorar, já melhorou bastante. A Reforma Tributária também é muito importante. A complexidade tributária, o que gastamos de dinheiro para pagar corretamente todos os tributos, é surreal se comparado a empresas internacionais”, avalia.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Martins comentou algumas estratégias para que o Brasil se posicione de maneira mais forte nas reformas que trazem resultados práticos para o dia a dia das empresas. “Quando começarmos a colher os frutos das reformas, viveremos em um país completamente diferente e melhor”, afirma.

Martins também avalia que a atual conjuntura da infraestrutura nacional é um peso grande para o setor privado. “Nós, do Grupo Martins, temos esse privilégio de conhecer as nossas rodovias. Posso afirmar que estão muito ruins. Isso traz um custo de operação terrível. O que gastamos de recursos aqui com manutenção de frota e para garantir que a carga chegue ao destino é uma coisa absurda, não existe em outros países. No fim das contas, quem paga por isso é o consumidor final”, ressalta.

“Já escutei várias consultorias avaliando que o atual déficit em infraestrutura e logística no Brasil é de mais de R$ 1 trilhão, em todas as dimensões: portos, aeroportos, rodovias, terminais rodoviários e ferroviários e logísticas fluvial e marítima. Nossa logística, comparada à dos Estados Unidos, é o que eles tinham na década de 1930”, complementa.

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