Em algum momento, todo negócio deverá revisar a sua política interna de integridade

Em entrevista ao Canal UM BRASIL, Sofia Trombetta, diretora de Pessoas, Saúde e Bem-estar na ArcelorMittal, defende que empresas identifiquem claramente os comportamentos não toleráveis no ambiente corporativo
Por  Um Brasil -
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A revisão da política interna de integridade – que se traduz nos pilares e nos valores corporativos –, a fim de que esta seja construída na base do respeito e da conexão com as transformações da sociedade, em algum momento, será fundamental a qualquer negócio. 

É o que defende Sofia Trombetta, diretora de Pessoas, Saúde e Bem-estar na ArcelorMittal, siderúrgica centenária do ramo de aço, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP): “Trata-se de um processo de governança que identifique os valores que reflitam, de fato, um jeito de ser; mas também de um trabalho com transparência e com uma comunicação muito clara em relação ao que é (ou não) tolerado [em termos de comportamento] dentro da companhia, e quais atitudes devem ser reforçadas”, ressalta. 

No bate-papo, Sofia ainda pondera que realizar essa mudança demanda tempo, tendo em vista que alterar o comportamento e a cultura vai muito além de reformar a parte física da empresa. 

Para tanto, são essenciais o bom exemplo e a iniciativa das lideranças corporativas, de forma que as equipes enxerguem a transformação positiva e comecem a seguir o exemplo. Outro elemento importante no processo é a comunicação clara. “É muito ruim para a empresa ter regras que não são seguidas por não serem evidentes a todos. O ‘comunicar muito bem’ é um princípio que independe do tamanho da companhia”, complementa.

A diretora também avalia o processo de reconhecimento de inovação do quadro laboral da ArcelorMittal, que passou a premiar, anualmente, os funcionários que, de alguma forma, conseguiram “desafiar” e repensar os processos de produção. “Isso pode partir, por exemplo, de um operador de forno de uma de nossas plantas, que, com um pensamento disruptivo, conseguiu enxergar uma nova oportunidade”, explica. 

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“Inovação não é apenas tecnológica, é ‘fazer diferente’, pois não dá para sempre ter bons resultados se fizermos as coisas sempre da mesma forma. Inovar é reconhecer uma maneira nova de trazer resultados melhores e alavancadores”, reforça Sofia.

 

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