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Um olhar por trás do medo de perder oportunidades no mercado

Fazer o que precisa ser feito quando precisa ser feito é uma competência. E, como tal, pode ser desenvolvida
Por  Danuza Machado -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

“Hoje decidi não fazer nenhuma negociação… estava bastante relutante por consequência de meus últimos resultados. É incrível como eu sempre acerto as negociações, mas quando estou dentro, nunca acontece da forma que imagino que deveria…”

“Meus amigos dizem que tenho alto índice de acerto, mas nem compartilho com eles que dificilmente acerto os alvos em minhas negociações…”

“Olha lá, foi só eu desistir de permanecer naquela negociação que ela andou na minha direção…”

Essas frases soam familiares?

Há uma grande diferença entre prever para onde o mercado irá e estar na negociação quando ele for para onde você estava pensando. É ilusório acreditar que você poderia ter tido certo lucro numa operação na qual sequer entrou. Achar que há sucesso apenas por observar o movimento e acertar para onde ele foi ou ficar remoendo a angústia e a frustração, sem abrir ou fechar posições, é insano. Mark Douglas chama isso de “distância psicológica”.

Não é possível encarar o trading com a mesma simplicidade e facilidade de quando observarmos o mercado e pensamos no sucesso ou fracasso da negociação.

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Essa postura é tão recorrente entre os negociadores porque encobre um dos principais medos daqueles que lidam com o mercado financeiro: perder a oportunidade.

O medo de ficar de fora ou perder oportunidades mexe tanto com a imaginação do negociador que causa uma espécie de autodefesa emocional, minimizando a dor da culpa de não ter feito o que se deveria.

Não conseguir fazer o que deve ser feito quando precisa, além de acionar a imaginação, criando a “distância psicológica”, ainda pode causar consequências como: hesitar ou correr atrás do preço; alongar perdas; sair antes das negociações; alongar o alvo e ver o preço voltar terminando em prejuízo; mover stop loss no sentido contrário da operação, entre outros.

Fazer o que precisa ser feito quando precisa ser feito é uma competência. E, como tal, pode ser desenvolvida naqueles que não a têm. Para desenvolvê-la, é necessário um bom plano de treinamento.

Como psicóloga e trader, reforço a importância do treinamento também para negociadores do mercado financeiro. Certamente, ele permitirá o desenvolvimento de competências que aumentarão a autoconfiança e anularão a distância entre o resultado possível e o resultado obtido.

O treinamento para negociadores os colocará num estado mental de hábitos que estimulam a concentração e a agilidade na tomada de decisão, independente dos sentimentos e das adversidades.

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Antes de levar a técnica para a conta real, trace um plano que envolva sua técnica, seu gerenciamento de risco, alinhado ao seu gerenciamento emocional, e treine – treine muito! Os benefícios que irá colher com esta prática serão notórios.

Bons negócios!

Danuza Machado Psicóloga há 25 anos e trader há quase 10 anos. Já trabalhou como Oficial Psicóloga nas Forças Armadas no Controle Emocional para Pilotos do Exército Brasileiro, também como facilitadora no processo de Desenvolvimento de Comportamentos Empreendedores para Empresários no SEBRAE-SP

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