Trading em ações, mini-índice ou dólar – como decidir?

Quando iniciamos no mercado financeiro, uma das perguntas mais frequentes é: “em que devo investir?”

No Brasil, a quantidade de investidores na Bolsa de Valores vem aumentando. No início deste ano, atingimos 5 milhões de investidores pessoas físicas. Pela experiência que tenho de mais de 14 anos de mercado, existe uma tendência desse investidor iniciar pelo Day Trade.

Se vai começar por aí ou se você tem interesse em entender quais as melhores estratégias, é importante entender as características do Mercado à Vista e do Mercado Futuro, pois cada uma delas influencia de forma diferente a tomada de decisão e a forma de operar.

O maior exemplo é a alavancagem, mas vamos falar mais sobre algumas delas no decorrer deste artigo.

Inicialmente, vamos separar quais operações são realizadas em cada mercado.

No Mercado à Vista, são realizadas operações de compra e venda de ações. Já no Mercado Futuro, são negociados os contratos de vários tipos de produtos como boi, soja, milho e, entre outros, os contratos de Índice e Dólar e os minicontratos de Índice e de Dólar.

Vou me concentrar nos minicontratos, por serem mais acessíveis aos investidores.

Uma curiosidade: os minicontratos futuros de Índice e de Dólar estão entre os mais negociados do mundo.

E o que podemos fazer em cada um deles? Tanto no Mercado à Vista quanto no Mercado Futuro, é possível realizar operações de compra e venda de várias modalidades, como Day Trade, Scalping e Swing Trade.

No entanto, o mais comum no Mercado à Vista são as operações em Day Trade e Swing Trade. Já no Mercado Futuro, as operações de Scalping e Day Trade são mais frequentes.

As características de cada mercado mudam a forma de operar. Em minha opinião, existem algumas que são determinantes. Separei as que entendo como principais:

Mercado Futuro:
• Menos capital
• Maior alavancagem
• Mais risco
• Mais operações (em pontos)
• Mais velocidade
• Mais mudança de opinião

Normalmente, o investidor pessoa física tem menos capital e se alavanca muito, tomando assim mais risco por meio de muitas operações e com maior frequência durante a sessão.

Mercado à vista
• Mais capital
• Menos alavancagem
• Menos risco
• Menos operações (em centavos)
• Menos velocidade
• Menos mudança de opinião

Normalmente, este investidor tem mais capital e, quando este opta pelas ações, trabalha menos alavancado do que no Mercado Futuro, se expondo, assim, a um menor risco por meio de poucas operações e de maior tempo, seguindo uma direção prévia do ativo.

Além das que características que citei, costumo utilizar alguns conceitos e parâmetros para objetivar a aleatoriedade do mercado e auxiliar meus alunos e operadores que me acompanham na minha Roda de Pregão, diariamente ao vivo no YouTube.

Vamos lá:

Em relação ao capital, indico para quem está começando, pelo menos R$ 1.000, e que utilize em suas operações iniciais: R$ 100, se for Mercado Futuro, e R$ 200,00 se for Mercado à Vista.

Quanto à quantidade de operações, reforço que cada um tem que ter seu planejamento e suas metas. Mas entendo como ideal para os dois mercados de três a sete operações por dia. Sabendo que no mercado Futuro é muito mais fácil de perder esta mão e, no Mercado à Vista, mais provável de conseguir manter a quantidade.

Quando falamos em ganhos por operação, poucos investidores sabem definir uma meta. Eu recomendo metas diferentes para cada mercado:

Mercado futuro:
• Minicontrato de índice: 50 pontos/por contrato
• Mini dólar: 5 pontos/por contrato

Mercado à Vista:
• Ações: 25 centavos

É muito importante entender o funcionamento da Alavancagem, ele muda totalmente a forma de investir. Quanto maior a alavancagem maior o risco!

No Mercado Futuro, existe mais alavancagem. Para Minicontrato de Índice, estamos com uma alavancagem de 230 vezes e, para os Minicontratos de Dólar, estamos com 346 vezes. Já para o Mercado à Vista, temos uma maioria com 125 vezes. Essa alavancagem já foi muito maior no passado recente no Mercado Futuro.

Em relação à velocidade, considerando as características dos dois mercados, vimos que o Mercado Futuro é mais rápido que o Mercado à Vista, havendo a necessidade de ser ágil em se replanejar, mudar a estratégia e a opinião para direcionar a operação para lucro.

Para auxiliar nas estratégias, existem ferramentas como a “boleta fechada”, o stop técnico correto, colocar saída da operação matando a chance de a ganância atrapalhar o Trade, escolher um Setup e/ou indicador e fugir da armadilha dos infinitos indicadores, setups e informações, entre outras que podem maximizar seus resultados.

Esses são parâmetros e conceitos que defini ao longo de minha experiência e que compartilho com os operadores e alunos. Mas sempre reforço: cada um tem que achar qual é a melhor estratégia para si.