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Bolha ou oportunidade de investimento? Como entender as criptomoedas

"Invisto ou não em criptomoedas?": para responder essa pergunta, vou me utilizar das mesmas premissas tomadas sobre qualquer outro produto financeiro
Por  Filipe Fradinho -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre criptomoedas e a altíssima volatilidade envolvida nesses ativos.

Recentemente, o que mais chamou a atenção foi o aparecimento do Dogecoin, a cripto de Shiba Inu, criada como uma grande piada e que segue fazendo suas graças no mercado. Agora, ela está entre as dez maiores moedas digitais do mundo em valor de mercado.

Desde que passou a ser fortemente citada nos fóruns de investidores norte-americanos, mais precisamente o Reddit, o ativo criado no mês de abril já chegou a acumular alta de mais de 700%.

O nome Doge foi retirado de um meme de internet com o mesmo nome. Ele ganhou popularidade em 2013 e retrata um cachorro da raça Shiba Inu ao lado de frases sem sentido em um texto multicolorido escrito com a fonte Comic Sans.

A moeda do cachorrinho foi criada pelos engenheiros de software Billy Markus e Jackson Palmer para ser usada como uma alternativa mais rápida e “divertida” ao Bitcoin.

Mas, voltando ao início de toda essa era das moedas digitais, precisamos descrever o começo da criptomoeda mais famosa de todas, o Bitcoin.

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Ele surgiu em 2008 como uma resposta à crise financeira. A ideia era substituir o dinheiro físico que usamos e acabar com a necessidade de intermediação dos bancos nas operações financeiras.

A primeira menção ao ativo foi em um artigo publicado por Satoshi Nakamoto, um pseudônimo que até hoje não se sabe se é uma pessoa ou um grupo de pessoas.

O texto descrevia como funcionava essa moeda digital e criava o sistema que posteriormente passou a ser chamado de “blockchain”, que é como um livro-razão que registra todas as operações.

Mas as criptomoedas são as vilãs ou são os bonzinhos?

Muito se discute se as criptomoedas são ativos interessantes para se investir ou se são uma roubada para quem investe nelas. Essa polêmica permeia do meio mais raso ao meio mais profundo do mercado financeiro global.

Um crítico ferrenho do Bitcoin é Warren Buffett, fundador da Berkshire Hathaway, considerado um dos maiores investidores da história. Não foram poucos os eventos em que ele comentou sobre a criptomoeda, chegando a chamar o ativo de “veneno de rato”.

Em 2020, em uma entrevista para a rede americana CNBC, Buffett declarou que não tem e nunca terá moedas digitais já que, para ele, esses ativos “não têm valor e não produzem nada”.

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Outro ponto que é muito criticado envolvendo o Bitcoin é a falta de identificação dos agentes envolvidos (compradores e vendedores), algo comentado inclusive pelo sócio de Buffett, o investidor Charlie Munger: “É claro que eu odeio o sucesso do bitcoin. Não dou as boas-vindas para uma moeda tão útil para quem pratica sequestros e extorsões”, disse Munger neste ano.

Indo um pouco mais a fundo, tem gente que afirma,inclusive que o Bitcoin nem moeda é, como é o caso de Nouriel Roubini, economista turco-americano e professor da Stern School of Business da Universidade de Nova York.

Conhecido por “Doutor Catástrofe”, Roubini afirmou, em artigo publicado no jornal britânico Financial Times, que o Bitcoin não é moeda pois não é unidade de contagem, não é meio de pagamento escalonável e não é reserva estável de valor.

Mas existe também quem defenda as criptos, como é o caso de João Cunha, da Hashdex, fintech brasileira especializada na gestão de ativos.

Cunha reforça que investir nesses ativos é algo ligado ao futuro da tecnologia e que é preciso ter uma visão de longo prazo, evitando sempre uma exposição exagerada.

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Sobre as afirmações de que o Bitcoin não tem lastro, ele afirma que essa questão “em geral, está associada a um entendimento ‘limitado’ do que é lastro e sobre como ele funciona no sistema monetário vigente.”

Invisto ou não em criptomoedas?

Imagino que essa deve ser a pergunta que vem a sua mente neste momento. Para respondê-la, vou me utilizar das mesmas premissas tomadas sobre qualquer outro produto financeiro: você está ciente das propriedades do ativo? Está ciente da alta volatilidade? Possui um gerenciamento de risco bem definido?

Se todas as respostas para as questões acima forem positivas, parabéns: você sabe o que está fazendo. Se por acaso aparecer alguma negativa, fique de fora até que você conheça o terreno em que está pisando.

O que penso ser mais interessante é que talvez você monte parte da sua carteira com ativos relacionados a criptomoedas com o intuito de diversificar o seu portfólio de investimentos, sempre respeitando o seu perfil de investidor e ciente dos riscos envolvidos nesse tipo de operação.

E você pode se atrelar a essa modalidade por meio de fundos de investimentos em criptos ou pelo HASH11, um fundo de índice (ETF) que tem o Bitcoin como benchmark, ambos com uma visão de longo prazo.

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Filipe Fradinho É analista CNPI da Clear Corretora, formado em administração de empresas pela PUC-RIO. Acumula passagens por empresas como Ágora Corretora, Órama e Ativa Investimentos. Atuou como trader profissional, operando Day Trade e Swing Trade de Ações, mas se especializou em operações de Day Trade no mercado futuro de índice e dólar. Atualmente, faz parte do #TeamClear e é responsável pela sala educacional de Análise, a EducaClear, no canal da Clear no YouTube.

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